PHOTOBOOK CLUB no PORTO

PHOTOBOOK CLUB no PORTO
Tudo começou assim…

PHOTOBOOK CLUB no PORTO

Car@s amig@s:

Vem esta publicação a propósito da realização do Photobook Club no Porto, à volta do meu fotolivro “Norwegian Sky 9”. A nova data anunciada em evento do Facebook é 8 de julho de 2021, às 21.30 [PBC Porto com Arlindo Pinto e o livro Norwegian Sky 9 | Facebook] Para o caso de não estarem nesta rede social deixo a ligação para o Google Meet, que consta (abreviada) no evento: Meet – hrg-hbrz-eyz (google.com). Vejam o evento, se puderem. A foto da capa do evento não é do livro é do PBC Porto.

Se não resultar existe uma outra que poderão tentar: Meet – hrg-hbrz-eyz (google.com)

Sim, são aparentemente iguais… Há um mundo de possibilidades!

Se nenhuma resultar, ligam-me um dia destes e eu conto-vos como foi.

O segundo propósito é a de vos dar conta, da realização da Feira Gráfica. O Atelier Pop-Up [Atelier Pop-Up | Facebook] vai lá estar nos dias 10 e 11 [eu estarei lá no dia 11]. Podem visitar-nos entre as 11h e as 19h, salvo orientações diversas da DGS. Aqueles que queiram podem levantar nesse dia os exemplares do “Breve Inventário do Agora” que lhe estão destinados. Também podem adquirir exemplares de fotolivros dos autores associados ao Atelier Pop-Up e/ou editados pela Huggybooks.

A feira é ao ar livre. FREEEEEDOOOOMM!

Cuidem-se e apareçam.

Grande abraço de gratidão a tod@s vós.

norwegian sky 9 pré-venda

norwegian sky 9 pré-venda

Desde 31 de maio que não vos dava noticias. Não gosto de ser muito intrusivo nas vidas enredadas que todos vivemos. Mas, feitas as contas já lá vão 5 meses e como que sinto assim uma legitimidade para escrever e levar até vós noticia desta escrita.
Há várias razões
sobre as quais podia aqui arengar. Mas não!

Photographs of British algae. Cyanotype impressions. Quero apenas recordar que hoje é o dia do fotolivro. Celebra-se a publicação em 14 outubro de 1843 (segundo inscrição feita no livro existente na Biblioteca do Museu Britânico) daquele que é considerado o primeiros dos fotolivros: o 1º volume das Photographs of British Algae: Cyanotype Impressions, de Anna Atkins. Não era a fotografia tal como a conhecemos hoje em dia, mas eram sim imagens produzidas através dum processo que é usado ainda hoje e designado por cianotipia (Google it).

Uma vez que é o dia mundial do fotolivro aproveito o mote e deixo aqui a noticia (já conhecida por alguns, que hoje em dia não há segredos e no caso nem convém) de que, se tudo correr como planeado, depois de ter publicado em dezembro de 2018 o livro-objeto “Na Luz Encontro Abrigo”, em novembro próximo publicarei um fotolivro que dá pelo título de “norwegian sky 9”. Sobre as suas imagens escreve Fernando Sobral (jornalista e escritor) que prefacia o livro: Em “Nowergian Sky 9” Arlindo Pinto olha para o mundo de forma particular. As imagens que aqui mostra são as de um nómada que percorre os labirintos onde se perde a sociedade actual. Nelas encontramos memórias várias, ecos do passado, sinais de um presente incómodo, pistas para se vislumbrar o futuro. Podemos ver mais claramente através das suas fotografias, que buscam o pormenor, a vitalidade das ruas, das pessoas, das habitações, dos locais públicos, onde todos se cruzam e muitas vezes ninguém tem tempo para ver. […] Mas, no meio da vertigem urbana há, sobretudo, o olhar sobre o contraponto entre as ruínas urbanas e os símbolos da natureza, como as flores, que não se rendem ao silêncio e à solidão das cidades.”
NOVO livro de Arlindo Pinto

O livro encerra alguns mistérios que o leitor é convidado a deslindar ativamente, convidando-o a fazer parte desta séria aventura que é a fotografia e como a lemos e ela nos lê. A seu seu tempo dar-vos-ei conta da sua apresentação ao público.
Por ora quero apenas dizer-vos que o livro se encontra em pré-venda até 31 de outubro, a um preço que permita cobrir os seus elevados custos de produção. Felizmente para mim, infelizmente para outros menos atentos, os exemplares de colecionador estão já esgotados. Os colecionadores são assim: não perdem tempo. Os que não colecionam, mas se interessam pela fotografia e pelo fotolivro, têm até 31 de outubro para a um preço mais simpático poderem fazer a sua aquisição enviando e-mail para livros@susanapaiva.com. Oferecer livros (a n
ós próprios ou a terceiros) é oferecer cultura, dizia alguém com muita propriedade. Creio ser o fotolivro mais apurado que publiquei até hoje, graças a todos aqueles que desinteressadamente e com todo o seu saber, se predispuseram a dar o seu contributo para que o livro venha a ser algo de que todos nos orgulhemos. 

Até breve.

Deixo-vos alguns dados da ficha técnica:

PHOTOGRAPHIC PROJECT
Arlindo Pinto
PROJECT EDITORS
Arlindo Pinto
Susana Paiva
GRAPHIC DESIGN
Nuno Moreira, NM DESIGN
TEXTS
Fernando Sobral
Arlindo Pinto
TRANSLATION
Magda Fernandes
ACKNOWLEDGMENTS
Carmen Rivero for her availability and advice
Fernando Sobral for the foreword text
João Vasco for letting me be his travel mate and friend
Magda Fernandes for her availability and hard work
Mimi for her endless love and support
Nuno Moreira for his patience and understanding
Susana Paiva for her wisdom, support, advice, and complicity

Livro de Artista do Projeto “i”

Livro de Artista do Projeto “i”

Livro de Artista do Projeto i

A apresentação do livro relativo ao Projeto “i”  terá lugar no dia 17 de novembro, pelas 18h.30m no Palácio Pancas Palha, Travessa do Recolhimento Lázaro Leitão, nº 1, 1ª andar, Lisboa. São naturalmente bem vindos e a vossa presença é apreciada. A laia de contextualização fica abaixo um pouco da história da construção deste livro “sui generis”.

*

O projeto “i” nasceu no âmbito da Escola Informal de Fotografia em 2017, sob a orientação de Susana Paiva, tendo como pano de fundo o “Elogio da Sombra” de Junichiro Tanizaki e o universo japonês Wabi-Sabi, tal como sobre ele escreveu Leonard Koren em “Wabi-Sabi for Artists, Designers, Poets & Philosophers”.
O “Elogio da Sombra” serviu de base ao “draft” conceitual do projeto e à safra de imagens que foram colhidas em fevereiro, março, abril e novembro de 2017. Além da penumbra tão cara a Tanizaki, o grosso das imagens revelava contrastes muito acentuados e sombras muito profundas, em locais onde apenas uma luz muito ténue era admitida, sem luz solar direta ou luz qualquer luz artificial. As imagens eram nítidas e precisas, de arestas cortantes, ângulos e linhas bem definidos. Apesar de evocarem a importância, segundo Tanizaki, da obscuridade no modo de vida tradicional japonês, em si mesmas consideradas, não satisfaziam, segundo o seu autor, os conceitos de transitoriedade, imperfeição, impermanência e incompletude, a que a beleza das coisas está submetida, segundo o conceito de Wabi-Sabi de Koren. Isso iria requerer um processo criativo assente a montante num erro/acaso, que descaradamente se usou como formula de experimentação para a criação final das imagens, todas elas únicas e perspetiveis. Citando Lazslo Moholy-Nagy, 1947, por seu lado citado por Magda Fernandes & José Domingos in “A salvação da fotografia vem da experimentação”. Não temos a pretensão da salvar a fotografia, nem nos preocupa, como se questionam aqueles autores, se “Poderá o acaso continuar a assim chamar-se, se deliberadamente o procuramos?”
As imagens de “i”, como se lê no Artist Statement do autor, “são imagens de paciência, construídas pacientemente, para observadores pacientes”. Que outra coisa dizer de imagens cuja construção obedece a um processo de impressão doméstica a preto e branco, no verso de papel fotográfico, terminadas usando um secador de cabelo?
O livro que agora se dá a conhecer continua a obedecer aos princípios estéticos que no início e ao longo do processo da sua construção apelavam ao acaso e à imperfeição. Para isso muito contribuiu o workshop com Paula Roush, “Page Turner”, em novembro de 2017. O livro, fugindo do convencional, não o afronta tão radicalmente como estamos certos a Paula apreciaria, mas comunga ele próprio de três simples realidades: nada dura, nada é completo: nada é perfeito.
“i” foi totalmente manufaturado. À exceção da impressão, ela própria exigindo uma atenção redobrada em relação a um processo normal de impressão, tudo o resto é fruto de braço. É portador de uma beleza onde já não se torna suficiente só olhar, é preciso ter tempo para ver. A beleza e a pressa são antagónicos e esta impede que se desfrute daquela, porque há uma importante auto-jornada para encontrar e apreciar o que está mais escondido.
“i” é um exercício de paciência, generosidade e simplicidade.
Esperamos que o desfrutem como ele merece.

Lugar de Mim

Lugar de Mim – Susana Paiva

Em 2012 aderi ao The Portfolio Project, uma plataforma internacional, coordenada por Susana Paiva, que funciona como um lugar de troca, onde os fotógrafos podem desenvolver projetos juntos e publicar o seu trabalho. É, além do mais, uma plataforma educacional onde se adquirem competências na área, sobretudo, da fotografia de autor. Para os que não sabem e querem saber, assim de uma penada poderemos dizer a fotografia autor é género fotográfico muito amplo no qual a técnica ou uma fotografia em particular, não é avaliada por si objetivamente, mas antes a arte, coerência estética e intenção do trabalho. É nesta área que me tenho movimentado enquanto fotógrafo, cujo crescimento enquanto tal se deve bastante ao The Portfolio Project e ao convívio com a fotógrafa Susana Paiva.
Lugar de Mim Susana PaivaA Susana Paiva faz 45 anos no dia 31 de maio de 2015 (não se podia revelar esta informação). Claro está que a autora não podia encontrar outra forma de celebrar que não fosse a fotografia! Assim, além das exposições, objetos editoriais, vídeos, instalações, apresentações e “stand up comedy” que levará, em seu nome e sob o título “Lugar de Mim”, à Casa da Escrita em Coimbra, entre 22 de maio e 24 de junho de 2015, a autora associou a este projeto expositivo outros autores que, a partir de uma ideia original da mesma, Presente Futuro, construíram livros que estarão expostos durante aquele período e entre os quais me conto. Neste caso, trata-se fundamentalmente de um projeto colaborativo, em que 15 convidados da autora intervêm individualmente sobre um livro-objeto. O evento é muito mais do que este projeto, naturalmente. Lugar de Mim tem a chancela da Câmara Municipal de Coimbra e da Mercearia de Arte e vai, por certo, tornar-se um evento memorável para a cidade e todos os que nele participarem ou o visitarem. Terão quase um mês para ir até Coimbra e fruir e/ou adquirir imagens, objetos, vídeos, instalações, livros, etc. Se querem saber, eu acho que vale a pena. Não pelo que de meu por lá está (que é muito pouco), mas pela qualidade do trabalho da Susana Paiva e de todos os que por lá têm ou vão deixar a sua marca e que são criadores/pensadores importantes na área da fotografia em Portugal.
Abaixo fica o programa de Lugar de Mim e fica também o convite para visitarem a exposição e assistirem a tudo o resto.

Acompanhar o evento: aqui.

Casa da Escrita
Programa e localização das intervenções da exposição “Lugar de mim”

Piso 1

“Primeiro Movimento” | Salão / Sala Polivalente
“THE COLLECTION”| vídeo PAL, 44:32, estéreo | obra de Margarida Guia e Susana Paiva
“Cartografia – Coimbra no Mapa” | Sala de Jantar
exposição documental | 10 anos de DNA

Piso 2

“Este é o Meu Corpo” | Sala de Colóquios
Instalação
“Manufactura – Livros de Artista e outros objectos singulares” | Sala de Colóquios
Exposição de livros de artista
“Outras Histórias de Amor” | Confessionário
Exposição de correspondência privada
“O Livro é uma Casa” #1 | Sala de Estar
Exposição e consulta dos livros de Susana Paiva, enquanto autora e editora
“Segundo Movimento” | Sala de Estar
“Resguardo das esfinges – declinações do branco”| vídeo PAL, 55:36, estéreo | obra de Maria Toscano e Susana Paiva
“Quem quer ser Susana Paiva – a partir de cadernos de criação 2013” | vídeo PAL, 09:19, estéreo
“Auto-retrato” | Sala de Reuniões
Instalação

Piso 3

“O Livro é uma Casa” #2 | Sala do Arquivo
Exposição de livros marcantes para a autora
“Presente Futuro” | Sala do Arquivo
Exposição de um projeto colaborativo, em que 15 convidados intervêm individualmente sobre um livro-objecto
(Esta intervenção só estará disponível a público durante os dias e horários em que existirão actividades/eventos)

Exterior | Jardim

“Húmus – Morte e Vida de uma Imagem” | Estufa
Exposição de fotografia

ACTIVIDADES

Visitas Guiadas | 16h30-17h30

25 a 29 de Maio e 22 a 25 de Junho | Acompanhamento por Susana Paiva

25 de Maio | 18h30-20h00 | Carta branca a Maria Sousa
26 de Maio | 18h30-20h00 | Carta branca a Susana Paiva
27 de Maio | 18h30-20h00 | Carta branca a Hugo Besteiro
28 de Maio | 18h30-20h00 | Carta branca a João Paulo Cruz
(inclui a apresentação informal dos projectos fotográficos, dos participantes da EIF, em torno da obra “Diálogos com a cidade”)
29 de Maio | 18h30-20h00 | Carta branca a João Rasteiro
22 de Junho | 18h30-20h00 | Carta branca a Equipa Chronospaper – criação, conservação e restauro de livros
23 de Junho | 18h30-20h00 | Carta branca a Susana Paiva
24 de Junho | 18h30-20h00 | Carta branca a Clara Moura
25 de Junho | 18h30-20h00 | Carta branca a Miguel de Carvalho

“Evento Pop-Up” | 30 e 31 de Maio | das 14h00 às 18h00

30 e 31 de Maio | Participação de Carlos M. Fernandes, Pedro Teixeira Neves, Francisco Varela, Mercearia de Arte Alves & Silvestre e Livraria Marcel

30 de Maio | 16h30m às 18h | Apresentação do livro “Dias Ícaros” de Pedro Teixeira Neves e Susana Paiva
31 de Maio | 16h30 às 18h | Apresentação do livro “Paisagens Ocultas – Notas sobre Arte, Ciência e Criatividade Distribuída” de Carlos M. Fernandes

Nestas datas estarão disponíveis para aquisição livros e outros objectos artísticos, comercializados pela Mercearia de Arte Alves & Silvestre e pela Livraria Marcel.”

Lançamento de Take My Body

Lançamento de  Take My Body

Capa de Take My Body
Capa de Take My Body

Em 2013 produzi uma série fotográfica dedicada, designadamente, opinião minha, à desconstrução do nu masculino e à forma como este é, em regra, apresentado na fotografia, seja ela clássica ou contemporânea (e não vamos discutir o que é ou não é contemporâneo). Mas a linha do trabalho desenvolvido e terminado no final daquele ano, tinha outra preocupação: contribuir para a aceitação do corpo tal como ele é, discutindo e colocando em crise a ideia do modelo corporal da antiguidade greco-romana e da cultura judaico-cristã. No primeiro caso o modelo dos deuses, no segundo o modelo de Deus, encarnado em Cristo e secularizado, dir-se-ia, pela primeira vez (para evitarmos delongas) no autorretrato do pintor alemão renascentista Albrecht Dürer, datado de 1500.
A série resultou de um workshop de um ano orientado pela fotógrafa Susana Paiva.
Cito aqui retirado do “Artist Statement” da série, que designei de Take My Body (Tomai o Meu Corpo) assenta na desconstrução do modelo clássico do nu masculino, dos corpos graciosos, calvos ou imberbes. É um exercício de auto-exploração, escuro, animalesco, primário.
O homem não definido como um ser belo, refinado ou poderoso, mas resumido aos seus desejos instintivos e à necessidade humana básica de sobrevivência.
Partilha da intimidade física e exposição da obscuridade que permanece no interior do corpo.
Pretende inspirar pensamentos sobre nós mesmos e sobre a vulnerabilidade do artista relativamente a cada espetador e questionar a relação que temos com o corpo, como nos relacionamos com a nossa intimidade.
Retirar do corpo a carga emocional e estereotipada do “glamour” a que se encontra sujeito e contribuir para a aceitação do corpo masculino enquanto tal.
TOMAI O MEU CORPO pretende ir ao encontro dos humanos que se questionam sobre a beleza exterior do corpo e podem encontrar nestas imagens a aceitação do seu e das emoções que ele desperta ou que jazem no seu interior.
O trabalho colheu influências de nus de Bill Brandt e André Kertész.
Após um curso de verão no AR.CO, com o professor Sérgio Mah, sobre a concecão do livro de fotografia, surgiu o fotozine que no dia 1 de Novembro apresentarei em Coimbra na Mercearia de Arte Alves & Silvestre e que traz ao formato impresso algumas das imagens que constituem a série. A edição de colecionador é acompanhada de uma fotografia extra fotozine, impressa em papel Fine Art Hahnemuhle Photo Rag de 308g com as medidas 297x210mm, numa edição da Hugglybooks.

lançamento de take my body

 

O Lançamento de Take My Body está inserido na 2ª Feira do Livro de Autor, organizado pela Mercearia de Arte Alves & Silvestre, pelo Photobook Club Coimbra e pelo THE PORTFOLIO PROJECT, em Coimbra.
Se passarem por Coimbra nesse dia, às 20h estaremos todos na mercearia.
Um abraço.

título | take my body
autor | arlindo pinto
dimensão | 23×31 cm
número de páginas | 26
editor | Hugglybooks black scrapbook editions
pvp | 25 euros edição de colecionador | 10 euros edição regular
edição limitada a 50 exemplares | numerados e assinados pelo autor
ISBN | 978-989-98696-3-9

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