Calendário PIRELLI 2009

Originally posted 2015-02-04 00:17:06.

Como sabem, os mais assíduos por estas bandas, em 2005 estive em África: Moçambique e África do Sul, mais precisamente no Kruger Park. Sobre o que por ali vi e ouvi escrevi um artigo na Revista Pessoal, também republicado aqui no sitio. Foi, por várias razões, uma viagem inesquecível: Pela luz, pela gentes, pela selva e seus habitantes, pelo céu e pelas estrelas. E ainda por outras razões que agora não vêm ao caso. As fotos da aventura estão aqui.
A PIRELLI escolheu África como pano de fundo do seu calendário para o próximo ano. Pouca nudez e mais arte! Estes caminham aos poucos para se afastarem definitivamente das paredes conspurcadas das oficinas de toda a natureza que o país alberga do Minho ao Algarve. Seja por uma boa causa, mas lá que davam sempre outro sainete às oficinas, disso não há dúvida. Quem diz oficinas diz o melhor dos camionistas.
Bom o Calendário PIRELLI para o ano que vem, que há-de ser, não de vacas magras, mas tisicas, já aí está. Tem um trabalho de fotografia muito interessante, diferente do habitual nos calendários da PIRELLI e é do Sr. Peter Beard, fotógrafo de muitas fotos em África. Uma enciclopédia!
Cliquem na foto e vejam… uma delicia!

SHOT DO CALENDÁRIO PIRELLI 2009
SHOT DO CALENDÁRIO PIRELLI 2009

Discutindo a Divina Comédia com Dante

Originally posted 2015-02-04 00:17:05.

Artistas chineses Dai Dudu, Li Tiezi, e Zhang An, 2006, óleo sobre tela

De todas as porcarias que circulam por e-mail na internet, desde os pedidos de ajuda desesperados (sobre os quais a Policia Judiciária já alertou a população), até aos e-mails que devem “obrigatoriamente” ser enviados para um sem número de pessoa, sob pena de uma catástrofe se abater sobre a nossa humilde pessoa, em forma de acidente, assassinato, ou outra forma de morte absoluta ou tragédia inenarrável, por vezes surgem coisas bastante interessantes, que o dia a dia não dá tempo para encontrar-mos.
Um destes dias alguém me enviou um link para uma pintura sobre tela, publicada numa página de “funny videos” e outras imbecilidades, mas desta vez com interesse. Uma forma, porventura, divertida de aprender história e a importância que certas figuras tiveram na história (triste é certo) mundial.
Clique!

Discutindo a Divina Comédia com Dante
Discutindo a Divina Comédia com Dante

Daguerreotype_Daguerre_Atelier_1837

224 anos de Daguerre

Originally posted 2015-02-04 00:17:04.

Celebrar o nascimento da fotografia

Celebra-se hoje o 224º aniversário do nascimento de Louis-Jacques-Mandé Daguerre, um dos pais da fotografia. O Google dedicou-lhe um Doodle (logo do seu motor de busca). Por aqui, fica a citação do que se encontra na wikipédia sobre este fisico/fotógrafo e um video muito interessante sobre a fotografia. Mais info AQUI.

Louis-Jacques-Mandé Daguerre (18 de novembro de 1787, Cormeilles-en-Parisi, Val-d’Oise, França — 10 de julho de 1851, Bry-sur-Marbe, França) foi um pintor, cenógrafo, físico e inventor francês, tendo sido o primeiro a conseguir uma imagem fixa pela ação direta da luz(1835 – o daguerreótipo).

No prosseguimento dos experimentos fotográficos de Joseph Nicéphore Niépce, a descoberta decisiva coube a Louis Daguerre, que em1835 apanhou uma placa revestida de prata sensibilizada com iodeto de prata, que apesar de exposta não apresentava sequer vestígios de imagem, guardou-a displicentemente em um armário e ao abri-lo no dia seguinte, encontrou uma imagem revelada. Fez experiências, por eliminação com os outros produtos que estavam no armário, para descobrir que a imagem latente tinha sido revelada por acção do mercúrio.

Em 1837, ele já havia padronizado o processo que ainda tinha como grandes problemas, longo tempo de exposição (15 a 30 minutos), a imagem era invertida e o contraste era muito baixo. A imagem formada na chapa, depois de revelada, continuava sensível à luz do dia e rapidamente era destruída; Daguerre solucionou este último problema ao descobrir que, mergulhando as chapas reveladas numa solução aquecida de sal de cozinha, este tinha um poder fixador, obtendo assim uma imagem inalterável.

Daguerre tinha problemas financeiros e não conseguiu obter o apoio de industriais por querer manter secreta a parte fundamental do seu processo. Em 1839, vendeu sua invenção, o daguerreótipo, ao governo Francês, tendo ficado a receber uma renda vitalícia de 6000 Francos anuais e Isidore Niépce, filho de Nicéphore, recebia 4000.

 

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Louis_Jacques_Mand%C3%A9_Daguerre

Oremos ao deus da hipócrisia.

Originally posted 2015-02-04 00:17:03.

Árvore de NatalÉ! Estamos a atravessar uma quadra festiva, uma época de paz e amor. Tanto amor que quase caímos no pecado (mortal) de amar a mulher (ou o marido, eu fico pela mulher) do próximo. Trata-se de celebrar o nascimento do Filho do Criador.
Mas, mais importante, trata-se de transportar para a era moderna os gestos de Baltazar, Melchior e Gaspar. Nem que para isso tenhamos que suportar longas filas de transito automóvel ou pedonal. Encontros e encontrões nas catedrais do consumo, tomar aquele banho de multidão, que nos traz os mais variados odores, os gestos mais simpáticos, as melhores prosas dos vendedores de lojas de toda a natureza e feitio. Continue reading “Oremos ao deus da hipócrisia.”

Por um pacote de tabaco

Originally posted 2015-02-04 00:16:57.

elaPor um pacote de tabaco

Deu por si de jornal pousado e de olhar fixo no copo meio bebido, decidindo naquele instante que não iria esperar pelas informações do André. Ele próprio tinha que lidar com a ansiedade e incerteza de que estava possuído, qual personagem cinematográfica a carecer do exorcismo de um profissional da Santa Igreja, e ir em frente com tudo o que tinha e que, a bem dizer, era uma mão cheia de nada!
No entanto, o plano estava bolado: ir à máquina de sustentação do vício levantar um maço de tabaco e, de permeio, entabular conversa com Clara. O plano só tinha duas falhas: Peres nunca fumou e não sabia ainda que dizer a Clara, para início de conversa.
Alguma coisa se há-de arranjar – pensou.
Levantou-se decidido. Tomou o caminho mais curto para o balcão, evitando mesas e cadeiras mal arrumadas e pediu:
– André troque-me aí cinco euros para a máquina, se faz favor.
Confuso, por sabê-lo não fumador, André, devolveu-lhe a deixa com uma interrogação, tudo menos própria para o silêncio da sala:
– Para a máquina? Qual máquina? A do tabaco?
Peres roborizou, encolerizado pela inoportunidade do questionário e redarguiu:
– Claro, para qual havia de ser? Tem cá outra? Não pois não? Então!
– Mas o engenheiro não fuma!
Irra que o gajo é burro – cogitou Peres.
Entretanto, Clara notara já que havia algo em que, pelos trejeitos e gestos de um e outro, empregado e cliente pareciam estar em desacordo, sem contudo entender qual o motivo da discórdia.
– Está bem ó André, mas agora quero fumar, pronto! Além disso não tenho que dar-lhe quaisquer explicações. Os pulmões não são seus, portanto…
– Ó Engenheiro, tem razão, mas como nunca o vi a fumar…
– André, chegue aqui – pediu baixinho Peres, baixando os olhos enquanto chamava o seu interlocutor com o indicador direito. Aquele encostou-se o mais que pode e que o balcão permitia, ao rosto do engenheiro, para este lhe segredar:
– É pá, você cale-se carago! Não vê que é para ir meter conversa com a gaja!
Quase que abocanhando a orelha de Peres, o empregado do Moinho, não deixa os seus créditos por mãos alheias e retorque em surdina:
– E para que é o tabaco? Vai mocá-la com cigarros? Olhe lá, quer que eu vá lá dizer que o engenheiro está interessado em dar-lhe uma palavrinha?
– Obrigado André. Se me desse os cinco euros em moedas já era bom…
– Bem, o engenheiro é que sabe – a demanda por cinco moedas terminara e André, finalmente, trocava a nota de cinco por outras tantas moedas de euro.
De posse das preciosas moedas, Peres fixou os olhos na máquina do tabaco, enquanto pensava na marca de cigarros que iria comprar. O corpo vibrava-lhe com um nervoso miudinho e fez questão de não olhar para Clara enquanto se dirigia para a dita máquina, fingindo-se desinteressado.
Avançava decidido. No entanto, sentia uma involuntária rigidez nas pernas, que lhe impediam um andar natural, fazendo de Peres um morto-vivo que não dobra os joelhos nem por nada.
Determinado, continuava a sua heróica demanda por um pacote de tabaco, até que, a menos de dois metros do alvo, a perna de uma das cadeiras mal arrumadas do café, se lhe atravessou com firmeza no caminho e fez Peres cambalear errático até, por fim, cair de borco no colo de Clara.

CAPITULO I

CAPITULO II