Venham Mais Cinco

Originally posted 2015-02-04 00:14:21.

Santiago Alquimista, 24.04.2010

Ainda antes da crónica do concerto dos RAMP, no dia 23 de Abril, o mês da revolução e possivelmente até da Sagrada Família, trago aqui a crónica, ou um arremedo de crónica, do que se passou no Santiago Alquimista no dia 24 de Abril, o prólogo da revolução que, infelizmente, decorridos 36 anos acabou por criar as condições, para a falta de vergonha, a usurpação, o despudor, com que a classe política e os seus acólitos detentores do respectivo cartão de militante, absorvem tudo quanto é tacho sôfregos e insaciáveis. Abril deu aos portugueses a possibilidade de lutarem contra este Estado que continua a engordar, tal como antes da Revolução dos Cravos. Há só uma diferença: ao tempo da ditadura os amamentados eram menos. Agora esta porca parida no curral das maiorias que é a democracia, dá de mamar a muitos mais, menos ao povo. Bom, mas a bem da verdade, o povo também constitui um bando de carneiros que anda ao sabor dos despropósitos dos governos. O povo não tem atitude! O povo não tem tomates! Esta é a verdade…
Ora bem sobre o Venham Mais Cinco: iniciativa promovida pelo MAR, Movimento Rock Alternativo e pelo Feedback, que teve lugar no Santiago Alquimista e visou homenagear ou celebrar os 80 anos do nascimento de Zeca Afonso e Abril.
Alinhamento de músicos e Dj’s (obrigado Eurico):
22h40 – Terno de Balas
22h50 – Cão da Morte
23h00 – Atma
23h10 – O Quarto Fantasma
23h20 – os Lábios com Miguel Ângelo
23h30 – Venham mais 5
00h10 – Acabar com o “Venham mais 5” todos no palco.
00h15 – DJSet0 – João Coração
01h00 – DJSet1 – Mau
01h45 – DJSet2 – Armés
02h30 – DJSet3 – Hélio Morais
03h15 – DJSet4 – Pedro Laginha
04h00 – fecho da casa
Para as celebrações o MAR escolheu muito apropriadamente jovens bandas nacionais, atitude consentânea com o espírito de divulgação dos novo valores que o MAR pretende levar a cabo, digo eu.
Cada uma das bandas convidadas actuou com uma versão de uma canção de Zeca Afonso. Sem peias digo desde já que a que mais me agradou foi a versão de “Vampiros” d’Os Lábios com o Miguel Ângelo. Isto sem desmerecer de qualquer dos participantes.
Mas eu fui para fotografar. E fotografei até à altura que um jovem de câmara a tiracolo se dirigiu ao microfone e disse para quem quis ouvir que os fotógrafos estavam a tapar a vista ao público e a desconcentrar os músicos!
Errado, errado, errado. Isso não se faz! Nada disso. Longe de mim pretender tapar a vista ao público e muito menos desconcentrar os jovens artistas em palco. Mas, ao que parece, tive esse condão, daí uma ou outra nota fora do sítio! Como não estava ali para impedir nem a visão do público, nem a concentração dos músicos, meti a guitarra no saco e finito, não fotografei mais. Acho de uma falta de chá e de consideração anunciar publicamente regras que não foram definidas “ab initio”. Quero eu dizer que, no inicio do espectáculo, como sempre se faz, a organização ou quem quer que seja que tenha os pergaminhos para tanto, dirige-se aos fotógrafos e diz: “só podem fotografar assim e assado, nada de cozido e guisado”. Falhou esta parte no Venham Mais Cinco.
Salvou-se a noite pelas fotos, pelas bandas (ainda que desconcentradas), pelas conversas com o Paulo dos NERVO que me ofereceu o seu excelente disco e com o Bruno Broa sobre o significado do MAR e das suas iniciativas futuras.
Já sabem: clicam no cartaz e aparecem as fotos. Espero que gostem. Se não gostarem, contratem outro.

É a Avante 2010

Oh, sim! Oh, meu Deus! São 14.35. Hoje é dia 18 de Setembro de 2010… E agora? Escrevo à pressa, quase sem tino. A fome assola-me o estômago. Ouço Satisfaction dos Stones. A festa do Avante 2010 foi nos dias 3, 4 e 5 deste mesmo mês em que me encontro no espaço exíguo da…

DROP D PROLOGUE & RAMP

Originally posted 2015-02-04 00:14:07.

In Live Caffé, Moita, 23.04.2010

No dia 23 do corrente mês da revolução de Abril, teve inicio a SUBVERSION TOUR dos portugueses RAMP. A abrir uma banda de trash de Valongo.

Casa cheia para ver e ouvir a emblemática banda seixalense, RAMP e os rookies (+/-) DRO D. Dois excelentes espectáculos. Os RAMP estiveram em casa com os seus fãs, que lhe conhecem os discos de cor, tudo junto numa amálgama de gente e energia… e cerveja! Bom, deviam ter lá ido. Se não foram… perderam!
Agora não estou com disposição para grandes escritas, de modo que deixo aqui o que de cada uma das bandas encontrei na internet para elucidar os menos avisados, se quiseram dar-se ao trabalho de ler. Se assim não for vão logo para as fotos. Contudo, para já ficam só as fotos dos DRO D PROLOGUE (clicar nela). RAMP ainda não estão editados. Mais 2 ou 3 dias e aparecem e quando aparecerem vocês sabem, sobretudo os subscritores da newsletter aqui do Planeta dos Catos. As fotos dos RAMP estão já online!!!

DROP D PROLOGUE

Os Drop D, banda originária da cidade de Valongo, formaram-se na Primavera de 2001, quando Joana Ferreira (voz), Bruno Cardoso (guitarra) e Daniel Faria (bateria e back vocals), vindos dos Timeless, convidaram Tito Fonseca (baixo), vindo de Hi-Octane, para participar no novo projecto que então se estava a iniciar. Na altura, apostaram no uso de covers e na escrita dos primeiros originais.
Bruno Cardoso abandona o projecto por divergências pessoais com membros da banda, e dá-se a entrada de André Castro, antigo parceiro de banda de Tito, para o seu posto (guitarra e back vocals), no Verão desse ano. Trouxe com ele as influências mais pesadas que já existiam previamente, mas que estavam por enquanto escondidas. Mudam para um novo estúdio (Captain Tracks Studio), mais confortável e convidativo à escrita de novos originais que se tornou então a aposta central da banda.
Marina Faria, que já tinha feito trabalhos de back vocals para a banda em alguns concertos, entra definitivamente para os Drop D em Maio de 2003. Em Dezembro desse ano, a banda grava o seu primeiro EP, intitulado “Nothing with Anything” (nos estúdios Echo System, em Barcelos) produzido por Rui Santos, baixista de Oratory, o qual foi publicado não comercialmente em Janeiro de 2004. O trabalho suscitou boas críticas e o interesse de grandes editoras nacionais na possível assinatura para o primeiro álbum da banda.
A banda só fica completa no princípio de 2004, com a entrada de Nuno Queirós para outra guitarra, também este proveniente de Hi-Octane. Já com este novo elemento, a banda destacou-se por ganhar um Concurso de Bandas, realizado no concelho de Valongo, e por receber o prémio de segundo melhor concerto nas Festas da Cidade de Mirandela, competindo aí com bandas como Mercado Negro, Blind Zero, Tanatoschizo, Easy Way ou Line Out.
O início de 2005 fica marcado por um acordo estabelecido entre a banda e uma grande editora portuguesa, o que lhes permite que uma demo do colectivo pudesse ser distribuída na 40 Feira Internacional de Editoras Midem, realizada em Cannes, França.
No Verão de 2005 a banda termina no terceiro lugar o Festival de Música Moderna Portuguesa “Tiro ao Rock”. Surge, então, a necessidade logística de mudar para uma sala de ensaio mais ampla, que permita também a gravação pessoal dos novos temas da banda. É após esta mudança de casa que a banda começa a participar em eventos da Raising Legends, ideia patrocinada pela Headbangers Tour. Destas iniciativas surgem concertos em grandes salas de espectáculo do país, tais como o Hard Club (em Vila Nova de Gaia) ou o Maré Alta (no Porto). Os espectáculos da banda começam então a figurar nas listas de concertos das duas maiores revistas musicais portuguesas de metal, a Loud! e a Blast!.
No Outono de 2005, a banda voltou a entrar em estúdio para gravar os seus mais recentes temas originais, que viriam a ser publicados não comercialmente em Dezembro, com o EP “The Black Arrow”. Um mês antes da edição deste último registo, a banda destacou-se pelo terceiro lugar no Festival de Bandas de Garagem de Paredes de Coura. Ao longo do ano que então se iniciava, a banda teve contacto com editoras e agências discográficas, optando, porém, por continuar a não editar comercialmente os seus registos discográficos, preferindo esperar pela oportunidade mais correcta. Vários concertos se seguiram até Setembro de 2006, nomeadamente no norte do país.
Após 5 anos de actividade ininterrupta, os Drop D optaram por fazer uma paragem de alguns meses, para revitalizar forças, consolidar ideias e colmatar a alteração de line-up que se daria devido à saída amistosa de Nuno Queirós. Após alguns meses de procura, com sucessivas pessoas que não cumpriram as expectativas de Drop D, tomou-se a decisão definitiva: a entrada do amigo e membro do staff Bruno Falcão Lhano para o baixo, e a passagem de Tito Fonseca para a guitarra.
Em 2008 a banda participa em concursos como o Arena Best Rock e o Front Lady Search Tour, e tem a sua primeira internacionalização (em Espanha). Em finais deste ano, Joana Ferreira e Tito Fonseca abandonam o projecto: a eles, desejamos as maiores felicidades, tanto a nível musical como pessoal. Após um breve período com Tiago Reis, os Drop D já têm um novo membro, que será apresentado ao público na altura certa. A banda está agora em processo de gravação do seu álbum de estreia, que deverá estar disponível nas lojas em Abril de 2010. Fique ligado para saber mais brevemente…

RAMP

Os Ramp são uma banda portuguesa de heavy e thrash metal, formada em 1989, no Seixal. Obtém um grande sucesso com a faixa “For a While”.
O nome da banda, R.A.M.P., tem origem nas iniciais dos nomes, dos membros fundadores: Ricardo, António, Miguel e Paulo. A sua sonoridade é um metal pesado, mas com mais semelhanças com o que se pratica na América do que na Europa.
Assinaram pela Polygram que editou o mini-LP Thoughts, em 1992. Depois foi lançada uma versão em CD com mais três temas.
Em 1995 lançaram o álbum Intersection cuja capa é da autoria do desenhador Luís Louro.
Evolution, Devolution, Revolution é lançado em 1998. O álbum duplo Ramp…Live é editado em 1999.
Em 2003 lançaram o seu primeiro disco autoproduzido denominado Nude. Em 2005 lançam um EP com algumas versões incluíndo Anjinho da Guarda, versão de um tema de António Variações que fazia parte da banda sonora de um programa da Sic Radical.
Lançam em 2009 o álbum Visions.
Contam já com três participações no festival português Super Bock Super Rock, e espéctaculos com bandas de rock como Sepultura, Metallica, Iron Maiden ou Slayer.
No ano em que celebram 20 anos de existência, os RAMP editam o seu 6º álbum, “Visions”.
Composto por 12 faixas, este disco foi co-produzido por Ricardo Mendonça e Rui Duarte.
As misturas ficaram a cargo de Daniel Bergstrand (Meshuggah, Strapping Young Lad, Devin Townsend, Fredrik Thordendal, In Flames, Behemoth, Soilwork) e a masterização é assinada por Jim Brick.
“Visions” marca mais uma etapa nesta banda de peso. É a manifestação do desejo de partilha de visões e testemunhos, veículada pelo poder do som e das palavras. Reflexo de vivências recentes, fortes e marcantes, este álbum expõe uma faceta organicamente abrasiva dos RAMP. Servida a “frio” ou a “quente”, mas em definitivo uma proposta que deve ser saboreada em palco. Afinal, é ai que os RAMP revelam a sua natureza.
Após uma Digressão muito especial em 2009, com quase 4.000 fãs que esgotaram 12 salas, “Visions” é agora oficialmente editado com novo formato e uma faixa extra “Solaris”.

Negrais Fest 2009

18.07.2009, 20h30m. Procuro um local que o Eurico dos PROFILERS me tinha indicado para comer um leitão “à maneira”. Ignoro o local. Rendido às novas tecnologias, peço ao GPS para me indicar o Restaurante “CANEIRA” e sou levado para um pasto verdejante! Cogitei para comigo que aquele não seria o local apropriado para comer o afamado leitão de Negrais. Além do mais eu não estava classificado como ruminante na categoria dos animais terrenos para o GPS…

O barrete!

Originally posted 2015-02-04 00:13:57.

Sisters of Mercy - Vision Thing Tenho, confesso, enfiado, de quando em vez, um ou outro barrete. Caído no logro. Ir ao engano. Tudo sinónimos do que ocorreu ontem no Coliseu dos Recreios de Lisboa.
Por 24 € dispus-me a ir até ao mítico local, arena de muitos circos, mal sabendo eu que quase iria assistir a um destes espectáculos, pelos quais nutro alguma indiferença, para não dizer mais.
Apesar de já não gravarem desde 1990, ainda assim, esperava mais dos Sisters of Mercy, que ontem se apresentaram (ou quase) no palco do Coliseu. Explico.
Ainda o glorioso não tinha terminado o seu sofrimento por terras da Catalunha, já eu ia entrando no recinto, quando o primeiro vislumbre do palco me fez temer o pior: não vi no palanque uma bateria. Medo. E ruminei: concerto ao vivo sem bateria… Afaguei o queixo com barba de fim de dia e continuei fitando o proscénio incrédulo. Tentei, em vão, encontrar indícios de instrumento tão característico do pop/rock. Apenas uma armação metálica com pequenas luzes que cintilavam oriundas do PA. Sempre tive algum rebuço em aceitar a substituição de instrumentos básicos do rock por sintetizadores ou fitas pré-gravadas. Continue reading “O barrete!”