FU MANCHU

Rock’n’roll free your soul!

Originally posted 2015-02-04 00:16:55.

“We Must Obey”

No próximo dia 26 de Abril, o dia seguinte ao do aniversário da libertação da opressão salazarista e se me mantiver vivo até lá, como tenciono, estarei no Paradise Garage com o “JM” para ver os Fu Manchu. Já que, imperdoavelmente, falhei o concerto dos Orange Goblin, é imperioso que assista de perto, primeira linha já se vê, mesmo no centro do mosh, à performance dos sucessores do maléfico génio chinês.
Hoje foi dia de dois em um: aquisição deste bilhete e do último registo dos moços da Califórnia, “We Must Obey”. Obedecer ao Rock’n’Roll é preciso, nestes tempos conturbados em que nós próprios elegemos mentecaptos para governarem o nosso destino, porque demasiado atarefados em assistir à cerimónia dos óscares, à novela não-sei-quantas e até às baboseiras do Alberto João.
Pois eu digo: “rock’n’roll free your soul!”
Ok, já sei, estou, dirão alguns eruditos, a falar de música sem qualidade, o que quer que isto seja, de uma arte menor. E vêm logo em minha defesa uns quantos seres proprietários de profundos complexos de inferioridade, dizendo que não, que o rock também é e que sim que até há o Frank Zappa e o Mike Oldfield e outros que tais. Que não é só Status Quo, que os eruditos rotularão de música quadrada, que aqueles também têm muita qualidade. Lá diz a outra que “qualidade é um conceito subjectivo que está relacionado directamente às percepções de cada indivíduo. Diversos factores como cultura, modelos mentais, tipo de produto ou serviço prestado, necessidades e expectativas influenciam directamente nesta definição.”
Assim sendo, tudo terá qualidade,FU MANCHU só que é a qualidade de cada um. Repugna-me ter que ir buscar o Zappa para dizer que o rock’n’roll também tem bons músicos e bons executantes, não porque não goste do defunto, mas apenas porque não tenho de o fazer para justificar o quer que seja, muito menos o que ouço. E ao fazê-lo estaria a atribuir ao rock’n’roll uma inferioridade endémica, quando comparado com outros géneros musicais, como o clássico ou o jazz. Algo que não admito, ponto final. Nem admito a prevalência de certos modelos culturais ou percepcionais, sobre aqueles que são os meus. Isso é algo em que não estou interessado, pela simples razão de que nasci igual a todos os outros (bem, com um membro maior, é certo). E, regra geral não estou interessado em muito mais do que três acordes. Como diz o Lou Reed, “se tem mais do que três acordes é jazz” e isso, meus amigos, não interessa, salvo quando estamos dispostos a ouvi-lo, como aliás, faço muitas vezes. Não por ser um género que alguém facilmente apelidaria de maior dentro do panorama da música popular, mas porque por vezes gosto de variar os actores, a estrutura da trama e os cenários onde ela se desenvolve. E aí está a minha riqueza: ter ouvido atento e inconcluso aos vários enredos que o ser humano é capaz de desenvolver, dar-lhes textura, cor e som, pois claro.

Não se deixem prender.
Rock’n’roll free your soul

Na Zé Dos Bois (ZDB)

Originally posted 2015-02-04 00:16:39.

THE VIPERS NA ZDB

Ali ao Bairro Alto, a ZDB divulga cultura, musica, novos e velhos talentos. Estes moços vieram do UK para rockarem com muita garra, com os nossos The Vicious Five. Têm uma sonoridade “garage”, com a peculiaridade de usarem dois baixos e uma guitarra. O invés é que costuma ser verdade, duas guitarras e um baixo, mas os The Vipers decidiram-se por algo diferente e original. Ainda bem, o som adquire uma consistência incomum. No que respeita a retratos, fica aqui uma amostra do que aparecerá apareceu na Galeria mais adiante destes rapazes: The Vipers.

 

THE LEGENDARY TIGER MAN

TIGER MAN no Musicbox

Originally posted 2015-02-04 00:16:30.

TIGER MAN NO MUSICBOX

TIGER MAN no MusicboxO homem de Coimbra mais conhecido fora de portas esteve no Musicbox, na pele do lendário homem tigre.
Blues a rodos. Por horas o Musicbox, foi a selva onde o tigre deu o melhor de si: os Blues!
Fiquem com as fotos. Poucas, por acaso. Pode ser que um dia destes tenha tempo para mais.
Cliquem, cliquem…
See ya!

CARBILLY & CAPITÃO FANTASMA

Originally posted 2015-02-04 00:16:13.

CARBILLY & CAPITÃO FANTASMA na Caixa Económica Operária, 08.05.2010

CarbillyNo sábado passado os CARBILLY e os CAPITÃO FANTASMA estiveram na Caixa Económica Operária para mais um concerto em que destilaram o bom velho Rock’n’Roll.
Os CARBILLY são alentejanos e dedicam-se ao Rockabilly, desde Beja para o mundo. Sala cheia na C.E.O. para ouvir, ver e aclamar a malta de Beja que toca o bom velho Rock’n’Roll com alma e coração. Tanto quanto sei têm uma edição de autor de 4 temas de 2009, que me fazem recordar os míticos BLASTERS, das terras do Tio Sam. É na América longínqua de Cadillac e estradas a perder de vista que os CARBILLY vão buscar as suas origens. Desde os idos de meados dos anos 50, passando pelos anos 80, os CARBILLY provam que o Rockabilly está vivo e ainda faz abanar penteados.Capitão FantasmaOS CAPITÃO FANTASMA apesar de mudarem constantemente (isto é um exagero) de guitarrista mantêm o seu som e a sua legião de fãs. Bruto não deixa os seus créditos por mãos alheias e fez aquilo que só ele sabe: cantar hinos Rockabilly ou Psychobilly se quiserem, às caveiras, à Cruela e ao Quim Machado… são Rock’n’Roll puro a 666%.
A audiência curtiu o som a 999%, como era de esperar da malta que segue os CAPITÃO FANTASMA.
Do evento ficam as fotos.

Invasão americana!

Originally posted 2015-02-04 00:16:11.

 

WE WANT PUSSY… PUSSY… PUSSY!

Invasão americana

arlindo-pinto-nashville-pussyNa segunda-feira, 06.04.2009, juntou-se a fome com a vontade de comer, no Santiago alquimista. Os EUA invadiram o local com duas super bandas viciadas no bom velho ROCK’N’ROLL! Hell Yeah, Jesus! (Jesus é uma alusão, pequena é certo, ao período que se atravessa: a Páscoa). Bom, continuando que a minha vida não é esta e tenho outras coisas para fazer, nomeadamente, ir ver se está sol, a monstruosa, dilacerante, decibelmente louca e sonora invasão, foi levada a efeito por duas bandas oriundas das terras do Tio Sam (este tipo dura desde 1812, irra), com um objectivo claro: SEARCH AND DESTROY!
As feras enviadas foram nada mais do que o Tio Sam tem de melhor na área: SUPERSUCKERS (Motorhead-cum-Social Distortion garage rock) e NASHVILLE PUSSY (Lynyrd Skynyrd meets AC/DC high on speed in a sex motel).
Os SUPERSUCKERS andam em tour comemorando 20 anos de carreira, desde o seu primeiro “The Smoke of Hell” até ao mais recente “Get It Together”, do ano passado e autoproclamam-se a melhor banda de rock’n’roll do mundo.
Quer vocês tenham nascido com uns corninhos (eu sou dos dos corninhos) ou umas asinhas, liderados por Eddie Spaghetti (uma espécie de Tim americano – voz e viola baixo), uma coisa é certa, estes rapazes fazem ferver o sangue de quem os ouve! Mais: estes rapazes fazem-vos ferver e vocês querem mais e choram por isso. Foi exactamente isto que se passou no Santiago: moças à beira da loucura chorando enquanto ouviam Eddie Spaghetti, cantar o que quer que fosse. Senti-me de repente, numa sala cheia de meninas gritando pelos Fab Four! Coisa Estranha!
Concerto dado ao qual se juntou empunhando uma cervejita, o aniversariante Jeremy, baterista dos NASHVILLE PUSSY, lá foram os rapazes com a guitarra de baixo do braço, deixando a audiência em papas, mas com pedalada para ouvir os PUSSY.
Não posso escrever muito sobre os NASHVILLE PUSSY, porque sou suspeito: sou fã da banda desde o primeiro disco “Let Them Eat Pussy” de 1998 até ao novíssimo “From Hell To Texas”. No entanto vou tentar manter-me isento.
Os NASHVILLE PUSSY são a melhor banda de rock’n’roll do mundo (desculpem lá ó SUPERSUCKERS). Porquê? Podia ser só porque me apetece, mas não. O primeiro disco dos PUSSY, foi dos poucos em toda a história já longa da minha mais ou menos meia-idade nos meandros do rock’n’roll, em que aos primeiros acordes se pensa: porra é mesmo isto! Além do mais a banda é constituída por dois casalitos, sendo que a menina Ruyter Suys gosta de exibir os seus ligeiramente atraentes peitos, sempre meio descobertos. Ora a malta gosta é disto. Rock, mamas e pussy!
O concerto iniciou-se com “Speed Machine”, a faixa que abre o mais recente “From Hell…” e durou tanto quanto o tempo necessário para tocar mais 14 temas, sendo o apoteótico final protagonizado pelo tema “Goin Down”.
No final do show juntaram-se aos fãs e deram autógrafos. O Jeremy fazia 21 anitos e nunca mais o vi, assim como à moça das maminhas ao léu, pelo que só pude catar os autógrafos do Blaine e da Karen… melhor que nada, mas bom mesmo foi ver, ouvir e fotografar uma banda que adoro!
As fotos aí estão, bastantes até, se calhar demais. Durante dois dias andei com dores nas pernas, da peregrinação que fui fazendo durante a noite, ajoelhado tentando obter uma boa foto! Já não tenho vida para isto!
Boa Páscoa!

TSUNAMIZ e PRESS PLAY @ Musicbox

Originally posted 2015-02-04 00:16:02.

TSUNAMIZ e PRESS PLAY @ Musicbox, Lisboa, 10.09.2009

Oriundos das colinas que ladeiam o Tejo, emergindo das varias tribos nómadas que aí formaram acampamento, os Tsunamiz nasceram de costas voltadas para Lisboa, para o calor e arrufo da capital. Crestados pelo sol e pelo vento, estes jovens de fecundo poder criador optaram por manobrar a máquina e a electricidade, colocando-as em rota de colisão consigo mesmas, levar os dedos gélidos, os glaciares escaparates, do culto comodista a esmagarem-se a si mesmos com o seu próprio peso.
Não há motivos para os Tsunamiz: São um reflexo natural do actual estado de sítio adormecido. Dada a escolha, não hesitariam, também eles, em baixar armas perante a vida fácil, beber a ambrósia do capitalismo e aprender a manobrar o chicote da autoflagelação popular – Para apressar a descida aos infernos do ser, derradeiro propósito do Homem do sec. XXI. Como um todo porem, existem como reacção ao culto do dogmático e da superstição, um anticorpo contra a celebração da ignorância, rumo a sua mútua destruição. Não e sequer o asco que os move, e a ininteligível química de se ser quem se é.
Os Tsunamiz são a língua de fogo que há-de lavrar os campos, soterrar de vez os túmulos dos velhos profetas e por fim as suas póstumas incursões nocturnas pelas mentes incautas, a devastação que deve preceder um Novo Nascimento. Assim o exige a inocente, risonha sinceridade da lei natural das coisas.

In Myspace da banda

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