MATILHA AO VIVO MÊDA + 2012

Originally posted 2018-04-08 20:50:58.

“Os MATILHA são Ozzy, Indy, Né e Patrão. Cães vadios da nova música nacional. O seu disco gravado nos Blacksheep studioshabita nos corações surpresos da crítica, por uma banda rock que não tem guitarras mas um poder desmesurado, que lhes valeu estarem na lista dos melhores de 2011 do site A Trompa e o 2º melhor disco do ano para os fãs do site Bandcom”, lê-se no Bandcamp da banda.

Este ano estiveram no Festival Mêda+ onde deram um concertaço. Do momento ou momentos ficaram registos poéticos, visuais e sonoros. Assim, lançaram este mês e disponibilizaram gratuitamente no seu Bandacamp um disco a que chamaram “Matilha ao Vivo no Mêda + 2012”. Em boa hora o fizeram.

Cliquem na foto para fotos e na capa do disco para disco!!!

MATILHA AO VIVO MÊDA + 2012

 

Matilha@III Festival Mêda+

Festa Avante 2007

O Jornal Avante realizou a sua 31ª festa no último fim-de-semana. A festa é cada vez mais de todos e não exclusiva dos membros e simpatizantes do PCP. Pelo menos é essa a impressão de quem a visita. Na verdade, passeando por entre a multidão, ouvindo conversas aqui e ali, vai-se tomando o pulso aos visitantes e percebe-se perfeitamente que, muitos dos que ali vão…

Vivam, Ratos!

Originally posted 2018-02-27 03:34:31.

Vão longe os anos do Rock Rendez-Vous. Quem se lembra dele? Muitos, por certo. Por ali passaram muitos nomes importantes da cena musical portuguesa e estrangeira. Saudoso lugar, onde pela primeira vez vi e ouvi os Mata-Ratos. Na altura o tema, muito apropriado para certas famílias, “A minha sogra é um boi”, era o maior hit da banda de Miguel Newton, que a EMI soube aproveitar ao editar o primeiro longa duração da banda. Desde este primeiro registo “oficial”, que a banda nunca mais integrou uma “major label”. Têm andado por sua conta e risco em editoras “menores”, independentes, mas com muita garra naquilo que fazem, tal qual os Ratos que já perfizeram mais de 20 anos “on the road” e têm por cá e lá fora uma aguerrida e vasta legião de fãs.
Sou, naturalmente, possuidor de vários registos dos Mata-Ratos, incluindo gravações ao vivo no Rock Rendez-Vous, nunca, segundo julgo saber, editadas em vinil ou CD.
No dia 15 de Julho decorreu em Corroios, que começa a tornar-se a capital do punk e do metal (a malta daquela banda é danada), o Festival «Hey Ho… Let`s Go Summer Festival». O Cameraman Metálico desafiou-me a ir fotografar o lendário Marky Ramone, que aparecerá por aqui mais adiante, e eu lá fui pela Hard’n’Heavy, um magazine on-line dedicado ao que o seu nome indica. Actuavam também grupos portugueses: Capitão Fantasma, Mata-Ratos, Decreto 77, Grankapo e Bless The Oggs.
Vindo do norte a caminho do sul dispus-me a ir até lá. Após os preliminares da confirmação da acreditação, entrei no recinto. A “fauna” presente era característica: pircings, tatuagem, cabaças rapadas, outras de crista eriçada, botas Doc. Martens, as miúdas com “pinturas de guerra”, olhos encovados e brilhantes, t-shirts alusivas a grupos ou movimentos punk e claro está aos Ramones. Dentro do cine-teatro estava um calor insuportável, que entre actuações, obrigava a abnegada organização a abrir todas as portas para arrefecer o ambiente escaldante que se vivia lá dentro.
Tenho quase por certo que já não via os Mata-Ratos ao vivo há cerca de 20 anos!… Que vergonha! Bom, seja como for, valeu a pena. O grupo fez-se ouvir percorrendo os hits maiores da sua carreira e eu lá fui disparando à procura da melhor expressão do Miguel e actuais companheiros de estrada. A multidão acompanhava e o Miguel, como é seu hábito, não se fazia rogado e passava o microfone aos da primeira fila para se juntarem naquela furiosa combinação de música, suor e cerveja.
Alheia às nódoas negras, a populaça acotovelava-se, rodopiando em ébrias voltas e saltos de gestos desconcertados, descansando apenas entre músicas, ganhando alento para nova sinfonia de excessos comportamentais. É assim, o rock.
Do momento, por aqui ficam meia dúzia de fotos, da centena e meia que repousará, até ver, no meu arquivo pessoal, para sempre lembrar que estes ratos não podem morrer.
“Long live rock’n’roll!”

XV Festival de Música Moderna de Corroios Sessão IV

Originally posted 2018-02-21 01:53:35.

UANINAUEI – IBRIDA + DAPUNKSPORTIF

Boa noite!
Não ‘tou com pachorra!
Tenho andado numa azáfama muito grande, pronto.
Tenho até de quando em vez pensado como é que aqueles da EDP e da PT ganham aqueles milhões todos só por respirarem. Confesso que até fico com inveja, mas acima de tudo fico estúpido. Fico até e também, com a sensação que o governo do nosso país é um bocadinho néscio. Revolta-se-me a figadeira toda, ainda que se possa tratar de uma pequena isca. Pergunto-me como é que os tais 10 milhões (também não passamos disto), se deixam assim sodomizar em silêncio, sem rebentarem com absolutamente nada, atidos aos sindicatos com maior descrédito na praça do que os taxistas do aeroporto. Pois sim, somos ainda de brandos costumes. O vovô Salazar deixou escola: tudo caladinho, que nós não somos de arruaças, qu’é lá isso. Então agora a classe trabalhadora, a que desconta, ia dizer que não (com convicção) e exigir que todos pagassem impostos, que não fossem insultados quando lhes esfregam na probóscide os milhões dos gestores que, coitados, até ganham menos 35% do que os seus congéneres europeus. Aperta-se-me o coração de saber isto. Sabê-los assim, na mais clara miséria, impossibilitados de comprar um Rolls Royce ou até um miserável Lexus. Coitados, coitados. Por mim estou disposto a fazer um espectáculo de beneficência em prol destes deserdados da sorte.
Olhem, podia ter-se aproveitado a sessão de sábado passado em Corroios, no Festival de Musica Moderna, para começar. Bom também não íamos muito longe no apoio àqueles desgraçados. Não estava muita gente para ouvir os UANINAUEI, alentejanos dos quatro costados, os IBRIDA e os convidados DAPUNKSPORTIF. Estavam para ouvir mas não ouviram! Não ouviram os IBRIDA que à última hora se devem ter desentendido ou perdido na estrada de Braga até Corroios e ficaram, por aí, na Mealhada comendo do belo leitão.
Assim, os UANINAUEI (digam em inglês que é mais fácil) tiveram direito à sua parte de concorrentes e, para encher chouriços, mais um bocado de palco para entreter a malta, enquanto não chegava a hora dos DAPUNKSPORTIF. Os …EI portaram-se muito bem e outra coisa não se esperava dos DAPUNK que palmo a palmo vão fazendo a sua carreira, cultivando um estatuto de banda “pró” e impondo o seu extraordinário som. Sou fã!
Das sessões em que estive no festival, fiquei contudo com a sensação que o este ano a chama é ténue e reina um certo descuido. Aliás, quem estava mais atento percebeu perfeitamente que durante a actuação dos DAPUNK houve falhas técnicas da responsabilidade do festival. Os Músicos falavam entre si e pouco se afastavam das suas marcações, sinal de falta de monitorização no palco. Algo que só um técnico atento poderia, eventualmente, corrigir. Não foi o caso. Apesar de tudo a imagem do Festival está este ano melhor do que em qualquer dos outros. Contradições! Mas como viver é estar em contradição…
No final ficaram as fotos e o som, ainda assim, para quem ouviu, com nota positiva.
Cliquem nas fotos para verem o que se passou por lá.
See ya!