Não à limonada! Viva a RAMONADA!

Originally posted 2015-02-04 00:12:20.

RAMONADA no Music Box, 26 de Março de 2009

Frequentava eu o Liceu de Sebastião e Silva, vulgo Liceu de Oeiras, quando em 1979 e com o “delay” com que as novidades chegavam a este país, o A se abeira de mim e diz:
– Pá tenho lá em casa um disco que tens que ouvir!
– Que disco? – Retorqui.
– Eh pá é duns gajos novos!
Nesse ou no dia seguinte, não posso afiançar, lá fomos até casa do A, ouvir o tal disco. O A colocou o vinil a rodar e ouviram-se os primeiros acordes de CRETIN HOP, seguido de ROCKAWAY BEACH, para sempre um ícone dos únicos e inimitáveis RAMONES. Era o seu terceiro longa duração: ROCKET TO RUSSIA!
Por muitos considerada a primeira banda verdadeiramente PUNK, os RAMONES, eclodiram em Nova York e “limitaram-se” a beber o que a época pós BEATLES tinha escondido: as raízes do Rock’n’Roll. Juntaram quatro acordes, velocidade ao ritmo, letras um tanto sem sentido ou substancia, e construíram um género, logo depois seguidos deste lado do Atlântico pelos SEX PISTOLS, que juntaram ao estilo alguma violência, letras corrosivas e uma crítica social profunda.
Quem pôde foi ao Dramático de Cascais vê-los a 23 ou 24 de Setembro de 1980, por 400$00. Quem não pôde ou não quis, perdeu uma parte da história do Rock’n’Roll…
Calma, não há drama! Em Peniche, terra de sardinha, além de cerveja, vinho e água salgada, também há RAMONADA! Ah, pois é, bebé!
Explicando, para quem não sabe: RAMONADA é uma banda! Uma banda que, constituída pelo Paul Ramon (aka Paulo Franco), Jóni Ramon (aka João Guincho) e Marqy Ramon (os dois primeiros constituem o coração dos DAPUNKSPORTIF, excelente banda rock nacional) é o tributo nacional aos maiores do punk.
NA sexta-feira passada tocaram no Music Box, em Lisboa, colocando em alvoroço, jovens e menos jovens fãs dos RAMONES. Durante 1 hora, destilaram os maiores hits daquela mítica banda de Nova York de forma irrepreensível, deixando os presentes com água na boca, até uma próxima oportunidade…
Quem os viu recordou velhos tempos, ou tempos de descoberta, hoje como outrora, daquilo que sabe bem e nos deixa de cara à banda.
Lá estive para ver, ouvir e fotografar.
O espectáculo fica comigo, as fotos com todos vocês que por aqui passam.
Como de costume cliquem numa das fotos do concerto para irem até ao álbum de fotografias.
Ah, como bónus ainda têm aqui cartaz e artigos relativos ao concerto de 1980 dos RAMONES!
GABBA GABBA, HEY!
See ya!

O casal do ano!

Originally posted 2015-02-04 00:12:17.

BEATRIZ + EDUARDO

Ora ele aqui está: o casal do ano. Este belo casal constituido pela BEATRIZ e pelo EDUARDO, foi eleito por mim o casal do ano 2009. Por serem muito jovens e ainda mamarem. Este é um tema que me interessa. Tanto assim que, retirado de http://guiadobebe.uol.com.br, aqui ficam umas dicas sobre amamentação, uma actividade que dá imenso prazer ao bébé e… – ãh… não posso?.. ok! – ao bébé!
Felicidades aos pais.

Preparando os seios: cuidados com a mama
A preparação das mamas deve acontecer ainda durante a gestação. É nessa fase que as mamães de primeira viagem devem começar a aprender tudo o que envolve o aleitamento. “A mãe pode, inclusive, procurar um pediatra durante a gestação para se interar sobre a importância da amamentação, a alimentação do bebê e os cuidados que deve tomar”, orienta a Dra. Maria José Mattar.
Existem algumas técnicas que podem ser usadas para fortalecer o bico do peito e estimular as glândulas mamárias. Tudo para evitar probleminhas na hora da amamentação.
A regra número um é lavar o bico do peito apenas com água. Não utilize sabonete. Eles já têm uma hidratação natural ideal que deve ser preservada.
O banho de sol é um dos melhores procedimentos para preparar os seios. Tome de 10 a 15 minutos de sol no seio todos os dias, antes das 10 da manhã ou depois das 3 da tarde. Dependendo do seu tipo de pele e da intensidade do sol, você pode aumentar ou diminuir um pouco esse tempo. Se não tiver como tomar sol, você poderá utilizar uma lâmpada comum com a mesma finalidade. O calor do sol e da lâmpada deixa a pele mais resistente.
As massagens também são simples de serem feitas e bastante indicadas pelos médicos. Segure o seio com as duas mãos, uma de cada lado, e faça uma pressão da base até o bico, como se fosse uma ordenha. Repita o movimento cinco vezes com delicadeza, mas com energia. Depois, faça o mesmo com uma mão em cima e uma embaixo do seio. Esse procedimento ajuda na “descida” do leite e pode ser repetido uma ou duas vezes por dia.
As mulheres com o bico do seio invertido devem fazer uma massagem específica para estimular a saída do bico para fora. Muitas vezes, durante a gestação ele sai naturalmente, caso isso não ocorra, a gestante deve fazer a seguinte massagem: segure a extremidade do bico com o polegar e o indicador e rode os dedos, como se estivesse aumentando o volume do rádio.

Amamentando: aprendendo a dar de mamar
Todo bebê nasce sabendo mamar. O instinto de se alimentar é tão forte que eles mal acabam de chegar ao mundo e já descobrem como fazer para receber o leite quentinho da mamãe. É ainda na sala de parto que já pode, e deve, acontecer a primeira mamada. Quanto mais cedo, melhor.
“O primeiro contato com a família deve acontecer imediatamente após o parto. É nesse momento que ele pega os anticorpos da mãe, e começa a se preparar para o ambiente onde viverá”. A médica explica que quando o bebê nasce saudável, o médico tira a umidade e coloca o recém-nascido em contato pele a pele com a mãe para haver a colonização dos anticorpos. Esse é o momento da primeira mamada, que geralmente acontece de 20 a 50 minutos após o nascimento.
Não tenha medo e lembre-se de que o corpo da mulher foi feito para amamentar. Tudo dará certo. Ainda no hospital, o ideal é pedir uma mãozinha a uma enfermeira ou outro profissional para levar o bebê ao peito. No início você precisará ajudar o bebê a pegar o bico e ver se ele está sugando corretamente.
O leite materno só “desce” alguns dias depois do nascimento do bebê. Nos primeiros dias a mãe produz o colostro, que é uma substância preciosa, espessa e amarelada, cheia de anticorpos e proteínas, que irá alimentar o bebê nos primeiros dias e funcionar como a sua primeira vacina.
As primeiras tentativas podem não corresponder à expectativa da mãe, mas é normal. A amamentação é um ato natural, mas é uma experiência nova tanto para a mãe como para o bebê.
Nesse comecinho, o bebê pode querer mamar de hora em hora. E os pediatras recomendam que o bebê seja amamentado dia e noite, sempre que tiver vontade. “A princípio, o intervalo das mamadas é de acordo com a demanda do bebê, sempre que ele chorar, o peito pode ser oferecido até que esteja saciado”, orienta a Dra. Sílvia Maria Baliero Nigro. Isso ajuda o bebê a criar um suplemento de leite, perfeitamente adequado às suas necessidades. Dentro de dois a quatro dias, quando o leite materno “descer”, o bebê se ajustará a essa mudança e as mamadas serão mais espaçadas, a cada duas ou três horas.
Ao contrário do que se pensava antes, as mamadas não devem ter horários fixos para acontecer. O bebê sabe quando tem fome e sua vontade deve ser respeitada.
Antigamente os profissionais de saúde orientavam as mães a trocar de peito durante a mamada, oferecendo 15 minutos de cada lado. Hoje, a regra é outra. “O bebê deve sugar o peito até largar espontaneamente. Depois, a mãe pode oferecer o outro peito”, ensina a pediatra Keiko Teruya. “Vimos que não é bom oferecer apenas 15 minutos de cada lado porque a criança só mama o leite anterior, que não é gorduroso e rico como o leite final”.

À lei da Balla!

Originally posted 2015-02-04 00:12:05.

À lei da Balla!Os Alunos da Imagem tinham um encontro no BAIRRO ALTO para fotografar, seguido de jantar no “Antigo 1º de Maio”, para depois, alguns irem até Corroios para continuar na senda da fotografia, mas desta vez de espectáculo. Decorria a 3ª sessão do XII Festival de Música Moderna de Corroios. Actuavam os Dioz (diose), The Wage (de uage) e, como convidados, Balla (bala).
À hora marcada lá foram chegando os “alunos” de mochila às costas ou saco ao ombro, qualquer um carregando o equipamento de muitas horas de prazer.
O ponto de encontro foi o Miradouro de S. Pedro de Alcântara, alvo de obras de reabilitação, digo eu, cujo termo, naturalmente se desconhece, à boa maneira portuguesa. Ou então, sendo conhecido, é meramente indicativo, podendo haver uma “ligeira” dilação entre um e vários anos.
Iniciamos a tarde tomando algo no café em frente, a cuja porta se encontrava um engraxador com roupas que já viram melhores dias e óculos de lentes retiradas do fundo de garrafa de um tinto qualquer. À primeira vista todos julgariam ser um individuo iletrado ou, pelo menos, padecendo de forte iliteracia. Daí a surpresa ao vê-lo sacar de um livro de folhas acastanhadas, gasto, rasgado nalgumas páginas, e iniciar uma leitura à distancia de não mais do que cinco centímetros dos olhos e a muito menos da ponta do seu nariz de tez avermelhada. Iniciou uma leitura em que aquele órgão do sistema respiratório desempenhava um papel de extrema importância, pelo que me foi dado perceber, e que era o de indicar o sentido da leitura: da esquerda para a direita e regresso à posição inicial para nova linha, tal qual o carro de uma Remington do século XIX, voando de um lado para o outro, ao sabor das ideias de um balzaquiano qualquer. Contudo, penso que apesar de seu vetusto aspecto, o livro devia ser de “última geração” e conter já uma outra propriedade, a qual seja, a de emanar os aromas dos locais onde se desenrolava a acção. Mas as surpresas não se ficaram por aí e mais espantado fiquei ao aperceber-me da consciência cívica daquele engraxador, de tal forma sensibilizado para a defesa do meio ambiente e para a necessidade de reciclagem dos desperdícios, que, depois de lidas as duas faces da mesma página, a arrancou do livro e a levou às fossas nasais assoando-se demoradamente.
Café tomado, iríamos então Bairro Alto dentro, tentando dele captar o que de mais belo ou típico o bairro oferecesse. E se não fosse assim, pelo menos o convívio e as dicas de uns para outros, de como se faz ou se deve fazer, para que “aquela” foto seja uma obra com interesse, esses ficariam.
Percorremos o bairro e descemos até ao Alto de Santa Catarina e entabulámos conversa com um transeunte que por ali passava. Aliás, o “J” já o fizera vários vezes no Bairro com as senhoras que permanecem longos períodos à janela, olhando o curto horizonte que vai de seu edifício ao outro lado da rua, resignadas ao seu também já curto tempo de vida, a julgar pelas estatísticas.
E por ali fomos batendo chapa atrás de chapa, exultando ou nem tanto, com os resultados do último disparo.
Proclamava-se já “fome”, “fome” e alguém questionava “quando comemos?”. O jantar estava marcado para as 19.30. À hora certa lá estávamos, que o gerente não é de esperas e se os comensais não se apresentam à hora certa, vai de sentar outros à mesa. Larga maioria aderiu aos filetes de peixe galo, em tempos recomendados pelo “A”, regados com um bom tinto. Sim, que o vinho é tinto.
Apesar da merenda comida a companhia não se desfez e rumámos, os que quiseram, à festa do rock’n’roll.
Por entre os presentes, poucos, vagueava um individuo de mala de cartão e óculos escuros. “Quem seria a personagem”, perguntamo-nos? Algum espectador alucinado ou um roqueiro desvairado, não interessava. Estes acontecimentos são ricos em figuras invulgares.
Depois da “C” fazer a apresentação das bandas concorrentes e dos convidados, subiram ao palco os DIOZ e verificámos que o personagem era o vocalista da banda, que se auto-intitula de “Piaf”. Certo! Tocaram as quatros músicas da praxe, com aquele “front-man” que deu vida aos temas com a sua coreografia e com a garra com que o fez. Uma boa actuação, foi o saldo final.
De seguida vieram os THE WAGE, mas com menos atitude e temas a revelar a necessidade de algum trabalho. Sendo assim, o meu voto foi para aos Dioz.
Muda instrumentos, faz sound check e entram em palco os BALLA. Malta já mais habituada aos palcos, com alguma rodagem e um som muito certinho, que cativou os presentes e os obrigou a bambolear-se de um lado para o outro, como se o som fosse um vento forte que os compelia a tentar manter a verticalidade da sua posição. Um espectáculo com melhor luz e ainda por cima um coro feminino, do qual considero um dos elementos muito sexy.
E nós por ali fomos andando de um lado para o outro, tentando obter o melhor ângulo e o menor número possível de fotos a contraluz. Elas estão na Galeria para prova disso mesmo.
No final ficou o sentimento de que aquela sessão do festival tinha sido dominada à “lei da Balla”!