Solar dos Caldeira e Bourbon

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Bali – Indónesia

Originally posted 2018-12-03 15:21:32.

Bali - IndónesiaSorry Portuguese folks, but this I have to write In English. Just because I met so many beautiful people In Bali (Hi Melanie, Romain, Olivier, Richard & his sisters), and I want them all to know that. You see, I went to Bali without knowing what I was about to experience. I didn’t even knew the places where I wanted to go, or the kind of people that I would meet. After all, I’ve never been In Bali or at the Club Med. I had only expectations…
First of all I loved Club Med and all the GOs that work there (Hi, Nita, Oka, William, Giselle, Laura, Jessica, Sally, Rogério, Tommy, Arturo, Rita and all the others that I don’t remember the exquisite names), or run the place (Hi, Youssef). They are all very kind and, sorry G.O.s men, G.O.s women are all nothing but beautiful. In second place, I loved Bali. The people are always with a smile on their faces and always have a “hello” to salute you, even if they don’t know you or a “Trima Kasim” to say to a foreigner, if he takes a photo of them. The green of the landscape is marvellous, especially if you compare it to ours that, during summer, is always burning and becoming very grey.
And, hey, they have those great cigarettes, Sampoerna. Can anyone send me a box of those? Guys I would appreciate it very, very, and I mean, very, very much…
Well, this is all to say that today I have made the upload of the ones that I find to be the best photos I took In Bali, for your delight. If anyone would like to have one with better resolution to print, just e-mail me, and I will send it to you.
For the Portuguese folks I want to say, that the December number of the Portuguese magazine “Pessoal” will publish an article of mine about my trip to Bali and some of the photos that you can see here.
And Bali, like “The Terminator” said: “I’ll be back!”

Se a fotografia quiser…

Originally posted 2018-11-27 14:35:47.

BALIPara os que a ela não tiveram acesso, aqui fica o texto sobre a minha viagem a Bali, publicado na Revista Pessoal de Dezembro de 2006.

“Quando o convite chega, começo por desconfiar das intenções do remetente. Depois abro o envelope e confirmo que o pior aconteceu. Sucedem-se uma série de gestos e movimentos que exteriorizam o meu desespero: pouso o cartão na mesa de centro, deixando o corpo cansado cair pesado no ‘maple’ preferido, enquanto cruzo as mãos na nuca e fico atónito fitando um ponto imaginário na sala silenciosa. São admissíveis outros comportamentos de maior apoquentação, nomeadamente pontapear as cadeiras da mesa de jantar, enquanto se grita bem alto expressões contendo palavras tidas, socialmente, por indecorosas, mas realmente libertadoras. Como, segundo se diz, depois da tempestade vem a bonança, já mais calmo após uma refeição frugal, acorro ao computador pessoal e vou até à banca electrónica consultar a saúde financeira, quedando-me a fitar o ecrã para confirmar o que já sabia: «isto não vinha mesmo nada a calhar, sobretudo nos tempos que correm».
A fotografia começa a transportar-me para locais distantes: África no ano passado, Ásia este ano e no ano que vem quem sabe para onde. Encaro-a como uma forma de arte e como instrumento de auto-ajuda na procura do «eu» que realmente sou e que poderei, presumo, encontrar nos mais recônditos locais.
Nunca me ocorreu ir a Bali, e apesar do destino estar escrito algures o facto é muito poucos, eu incluído, o conhecem de antemão. Quis, contudo, o dito destino que uma expedição fotográfica a Marrocos não chegasse a ter lugar.
– Já não vamos a Marrocos, por isso vou a Bali. Já vi na Internet e é bom para fotografar. Queres vir?
– Bali? Isso é longe como o caraças! E fotografar o quê?! – retorqui, pasmado.
– Cerimónias religiosas: casamentos, limação de dentes e cremações. Danças tradicionais: a dança dos macacos e a dança de Barong e Krys. Arrozais imensos e nativos simpáticos. – Avançou ela.
Discorri muito brevemente sobre o assunto e pensei: «Por que não?» Estava longe de imaginar que Bali representaria para mim um fugaz estágio num paraíso terreno.
– Ok! Bora lá!
E fomos. Depois de 30 horas de viagem, ‘tranfers’ incluídos, aterrámos em Denpasar. Martin, fluente em inglês, francês e castelhano, esperava-nos no aeroporto para nos conduzir a Nusa Dua, onde estabeleceríamos a nossa base de operações, em frente a um Índico cálido e transparente.
No trajecto, comunicámos a Martin as intenções fotográficas que ela tinha alinhado e às quais comodamente eu tinha aderido, tanto mais que desconhecia por completo o local, as suas tradições, as suas gentes e tudo o mais que Bali possa reservar aos que visitam a ilha. Ia na expectativa de encontrar algo novo, sem dúvida, mas não tinha a mínima ideia do que seria.
Chegámos ao ‘resort’ já de noite, pelo que o dia seguinte foi de descanso da estafante viagem. Decidimos arriscar a massagem balinesa no ‘spa’ do local. Um chá prévio e a escolha dos óleos adequados ao efeito pretendido e em breve eu estava deitado numa marquesa ao som de uma calmíssima música local e à luz bruxuleante de velas aromáticas, que convidavam ao relaxamento e à meditação. A curiosidade obrigou-me à conversa com a jovem nativa que me ia descobrindo o corpo do ‘sarong’ que eu havia encontrado no cacifo, enquanto executava operação inversa com o lençol branco. Após algumas questões sobre o que a tinha levado à massagem – às quais a mesma respondia num inglês de qualidade duvidosa e, por vezes, de pouco sentido –, apercebi-me («finalmente», terá pensado a bonita nativa) de que a coisa não era para conversas e perguntei:
– Am I bothering you?
A resposta chegou rápida e bem compreensível:
– Yes, sir!
Havia na resposta, contudo, algo que soava a frase feita. Voltei à carga:
– Can I talk to you?
Pude de novo ouvir, quando a ouvi responder:
– Yes, sir!
Em que é que ficamos, afinal? Falo ou não falo? Não falo… E não falo porque, segundos depois de a jovem ter digerido por completo o meu discurso, afirmou:
– You can talk to me, sir, but you should enjoy your massage.
Selei a boca até ao final, excepção feita a um aturdido ‘ok’, quando me foi calmamente comunicado que a massagem tinha terminado, além de uma questão:
– Can I bring you some water or a cup of tea?
– Tea, please.
Enquanto cambaleava para a cadeira onde o chá me esperava, apenas consegui exclamar «Uau!»

Casamento em Perean
Nesse mesmo dia, Martin, comunicou-nos telefonicamente que havíamos sido convidados para assistir a um casamento de nativos, e a fotografá-lo; era algures no centro norte de Bali. No conforto do quarto, ficámos boquiabertos. Um sorriso rasgado demonstrava, pela primeira vez em toda a minha existência, a felicidade de ser convidado para um casamento sem ter que levar as mãos à cabeça ou consultar, deprimido, a conta bancária. Interessante como os convites para um mesmo evento, no caso a união matrimonial de duas pessoas, produziam reacções tão antagónicas quando separados por milhares de quilómetros de distância.
Às oito horas do dia seguinte, Martin e um motorista apresentaram-se numa Toyota Hiace, cujos bancos estavam cuidadosamente protegidos por capas de tecido aos folhos, do mais piroso que se possa imaginar (aos olhos de um ocidental, claro). Ainda assim, serviam naturalmente o propósito a que se destinavam. Em menos de nada mergulhámos num mar de veículos de duas rodas – que Martin dizia serem de 100 centímetros cúbicos e rondarem os 1.000 euros. Íamos rumo a Kesiman para adquirir trajes tradicionais «to show respect to the family». Respeitados sejam… E venham de lá esses ‘sarong’ e o resto. Por tuta-e-meia, não havia nada a temer; avançámos audazes para a compra. A noiva teve direito à sua prenda: uma toalha de mesa. Ao sair da loja, os nativos que no exterior desfrutavam da sombra matinal, elogiaram efusivamente os nossos trajes, soltando gargalhadas que deixavam vislumbrar dentes necessitados de uma visita demorada ao dentista local. Agradecemos os piropos e rumámos a Perean.
Por entre arrozais e vegetação verde, verde, chegámos ao local do casamento, onde nos aguardavam os convivas, juntos dos quais tentámos pronunciar o melhor possível as frases que Martin nos tinha escrito no verso de um cartão de visita. Atirámos ao primeiro com que nos cruzámos:
– Selamat pagi! Apa kabar?
Ao que respondeu o dito, com um sorriso que já nos habituáramos a ver nos rostos simpáticos daquelas gentes:
– Bagus!
Estava feita a introdução. Depois, fomos apresentados aos noivos, que nos saudaram expansivamente como se fossemos os convidados mais esperados. Martin disse então que poderíamos fotografar à vontade, quais zero-zero-setes com licença para matar. E assim foi: desde os anciãos reunidos no templo até aos cortadores de carne amadores, eles próprios também convivas e que descalços e de mãos nuas talhavam o porco que haveria de servir-nos de almoço, perante o olhar atento de dois canitos, eles próprios sagrados (como a generalidade dos animais em Bali), tudo serviu de motivo para fotografar. Os mais pequenos faziam questão de aparecer nos mais diversos locais para onde a objectiva estivesse apontada e as famílias não desperdiçavam a oportunidade para fazer um retrato para a posteridade, agradecendo sempre que eram fotografados. Cerimónia realizada, que aliás se prolonga por três dias, e fazendo jus à bem portuguesa expressão «merenda comida, companhia desfeita», saímos por entre um mar de cumprimentos, beijos envergonhados das nativas e abraços másculos dos homens. Rumámos então a Bedugul, o primeiro dos vários templos a visitar. Depois, arrozais a perder de vista e mais um templo em Nengwi.

Danças e outros templos
Seis e meia da tarde. A bruma da noite começava a espreitar. Em Sanos, parámos para ver a uma conhecida dança balinesa: a dança Kechak, ou dança dos macacos, baseada na lenda de Ramayana.
Outro dia, outra saída e dirigimo-nos a Batubulan para fotografar a mais popular dança local: a dança Barong, que simboliza a eterna disputa entre o bem e o mal. Martin diligenciou a entrada nos bastidores, onde conseguimos algo pouco habitual para o comum turista, nomeadamente imagens das bailarinas no seu trabalho de maquilhagem.
Dança terminada, estrada novamente, rumo à montanha, sempre com um céu triste contrastante com a alegria da vegetação local. Chegámos ao Templo do Manantial Sagrado. Por ali fomos circulando, com paragem para assistir às cerimónias de purificação das almas, imundas aos olhos dos deuses e na consciência das pessoas. Pensei duas vezes se não deveria também eu entrar na água e sair de lá impoluto para assim regressar a este país à deriva. Por fim, achei que não valia a pena, já que água sagrada não lavaria, por certo, corpo de ateu, ainda por cima praticante.
Os dias foram-se sucedendo. Para evitar o desgaste dos 14 hectares do ‘resort’, fomos alternando a piscina com o mar, com os campos de arrozais – por onde a vista se perde numa imensidão verde –, cogitando que podíamos muito bem ter uma casa numa daquelas encostas e viver ali para sempre, por entre coqueiros e arrozais. Os templos sagrados sucediam-se, até à exaustão, devo confessar: Kintamani, Tanahlot, Uluwatu, só para mencionar os que mais ficaram no olho deste viajante atónito com a beleza dos sítios e das nativas, e com a simpatia de todos os que connosco se cruzavam, sempre ao som de um sincero «hello».
Dois templos são, no entanto, de visita obrigatória, e pela mesma razão: com tempo favorável pode admirar-se e fotografar fabulosos ocasos. Não tivemos tanta sorte assim, mas em Tanahlot foi possível obter alguns bons registos do dito pôr-do-sol e em Uluwatu dos terríveis macacos, quais bandoleiros a soldo, furtando tudo quanto fosse óculos ou bonés que o turista desprevenido se atrevesse a usar nas imediações.
A lua cheia trouxe aos templos uma massa feminina muito colorida, que chegava e partia equilibrando oferendas na cabeça. Impunha-se que nesse dia nos deslocássemos a Agung para visitar o Templo-Mãe de Besakih, com paragem prévia em Bukit Jambul para ver os campos de arroz. A densa vegetação a circundar os campos de arroz trazia-me à mente os cenários dos filmes do Vietname, só que sem guerra à mistura. De facto, bem o inverso: uma paz celestial, apenas perturbada pelo ronco áspero dos ciclomotores e por alguns automóveis (todos japoneses) que as estradas sinuosas da montanha deixavam avançar, nem eu imaginava para onde.
Nos dias de saída do ‘resort’, estivemos em muitos outros locais, ora admirando os caríssimos trabalhos em madeira, ora atentando na produção manual da prata, sempre de câmara em punho, fotografando avidamente, tanto mais que sabíamos que era possível que nunca ali voltássemos.
No ‘resort’, foi tempo de trocar endereços de ‘e-mail’, de convívio total e absoluto com indonésios, malaios, japoneses, australianos, belgas, brasileiros, moçambicanos e espanhóis, e piscina até de madrugada, imposta por algum álcool em excesso. Deste canto do mundo, e entre centenas, apenas este vosso viajante com pretensões a fotografo amador.
Se de África trouxe a noção de que a vida só faz sentido se a vivermos tal como a encaramos, sem grandes cedências nos nossos princípios, nas nossas convicções e nos nossos gostos pessoais, de Bali trouxe a paz que me faltava para dar início a uma nova vida, baseada num «eu» que conheci em tempos, que esqueci e que de novo encontrei… Em Bali.
Ido sem saber a quê, apaixonei-me por aquela gente, pela sua forma suave de estar na vida, pela sua simpatia, pelo trabalho comunitário que desenvolve, pela solidariedade que demonstra. E também porque têm uns cigarros que adorei.
Se a fotografia quiser, hei-de lá voltar.”

Roma

Originally posted 2018-08-09 12:10:19.

111Roma Antiga não era nada menos do que grandiosa

Um destes dias fui a Roma. Não fui lá para ver o Papa. Fui para ver como seria viver em Roma há 2000 anos atrás. Sempre me fascinaram as pedras, resultado, talvez do facto do meu avô ter sido pedreiro. Na verdade, não me interessa muito Roma enquanto cidade da Europa com todas as características das restantes cidades deste continente. Fascina-me, isso sim, apreciar a grandiosidade das antigas construções e pisar, tocar, estar no mesmo local onde estiveram ou por onde passaram, milhões de outros seres humanos com uma história de vida, com ou sem família, filhos, tristezas, alegrias, enfim um infindável rol de sentimentos e vivências que se aquelas pedras falassem poderiam contar. Como não podem, limito-me a imaginá-los e agrada-me sobremaneira ter estado no mesmo local que há 2000 anos outros pisaram no seu dia-a-dia. Do que vi, e não foi muito, tendo em conta que foi uma espécie de “blitztrip”, achei que Roma Antiga não era nada menos do que grandiosa e que, sim, gostava de lá ter estado nessa altura (desde que pertencesse pelo menos à “classe média”). Ou então gladiador, herói do povo. Bom, da visita aqui ficam algumas fotos, poucas, só para dar a conhecer aos que ainda não tiveram oportunidade de lá ir um ou outro apontamento com mais interesse. Além do mais há a parada “gay”, também grandiosa (por aqui não há preconceitos, por isso cuidado com esses pensamentos tortuosos).
No regresso, isto foi o que se passou no cockpit: QUERO VER