FU MANCHU: sinais de poder infinito!

Em 2007 os FU MANCHU estiverem no Paradise Garage para trazerem a Lisboa, a apresentação ao vivo do seu, à altura, último registo “We Must Obey”! Sensivelmente 3 anos depois, regressaram a Portugal para apresentar “Signs Of Infinite Power”, desta feita no Santiago Alquimista, com o aquecimento a cargo dos portugueses MISS LAVA, já com uma excelente reputação no mercado “Stoner” e um vídeo muito interessante, do tema Black Rainbow, incluído no seu “Blues For The Dangerous Miles” de 2009, ano aliás do lançamento de “Sings Of Infinite Power”.

Stoner ao cubo no Santiago Alquimista

Originally posted 2018-06-23 06:13:35.

DOLLAR LLAMA + MEN EATER + KARMA TO BURN no Santiago Alquimista, 22.06.2009

Ora cá estou eu, sempre atrasado em relação ao acontecimento. Mas, uma crónica é sempre um texto atrasado de um evento que o tempo devorou, ontem, há 15 dias, um mês, é indiferente. O fundamental é que a ocorrência teve lugar e alguns estiveram presentes, para dizer a outros com que olhos e com que ouvidos interpretaram os que alguns outros tinham para mostrar.
Ora eu atrevi-me a ir de olhos, ouvidos e câmara fotográfica, porque a organização teve a gentileza, sempre apreciada, de me conceder o respectivo passe. Aqui chegado só um breve parênteses, para dizer aos que não foram e que porventura, leiam estas modestas linhas, não só perderam um grande espectáculo stoner, mas ainda e gratuitamente, o disco de estreia dos DOLLAR LLAMA, “Under The Hurricane” e uma colectânea da Volcom Entertainment, com temas dos VALIENT THORR (dia 2 de Julho no Musicbox), GOONS OF DOOM, PEPPER, ASG e outros.
Abriram os DOLLAR LLAMA, com um Stoner Rock poderoso, repleto de riffs a fazer lembrar algumas bandas do sul dos Estados Unidos. O Disco de estreia tem colhido boas críticas por toda a parte e é o resultado de 7 anos a dar no ferro.
Depois dos DOLLAR, vieram os MEN EATER. Também portugueses os EATER dão-lhe mais para o Doom e promoveram o seu mais recente “Vendaval” e a onda caiu muito bem entreDOLLAR LLAMA E KARMA TO BURN. Excelente prestação digo eu que estava lá para fotografar.
Os KARMA TO BURN são uma banda do que convencionou chamar-se desert rock/rock psicadélico de Morgantown, Oeste Virginia que compreende o guitarrista William Mecum, o baixista Rich Mullins e baterista Rob Oswald. Estes dois últimos já tinham por cá passado, precisamente no Santiago Alquimista com os YEAR LONG DISASTER. Os KTB deram nas vistas como banda quase exclusivamente instrumental, obcecada, fazendo apelo aos sons de bandas com o rótulo de desert rock, tais como KYUSS ou OBSESSED, embora a banda prefira segundo afirma o género “malternative“.
A banda dispersou em meados de 2002, quando o baixista Rich Mullins se juntou aos SPEEDEALER. Actualmente, Mullins toca com os já referidos YEAR LONG DISASTER, de Los Angeles.
Oswald está com os NEBULA e Will Mecum com os TREASURE CAT.
Segundo rezam as crónicas no dia 23 de Fevereiro de 2009 os KARMA TO BURN reuniram-se novamente para uma tournée pelos Estados Unidos e Europa.
No âmbito da referida tournée passaram pelo Santiago Alquimista no dia 22 p.p. onde encantaram os presentes, poucos, verdade seja dita, o que quer dizer que quem não foi, foi quem perdeu. O mercado nacional não distribui a banda e o seu som fica quase em exclusivo para os “connaisseurs” que via Amazon, StonerRock.com ou através de downloads ilegais, conseguem adquirir os discos do grupo. Em matéria de desert rock, o mercado nacional é miserável.
Os KTB foram desenrolando a densa meada dos temas que fizeram da banda um ícone do stoner rock. Na audiência, membros dos portugueses MISS LAVA e VICIOUS FIVE, para não falar dos DOLLAR LLAMA e MEN EATER.
Pronto, chega de prosa, ficam as fotos… (cliquem nelas com força)

Mr. Danko “Rock’n’Roll” Jones

Originally posted 2015-02-04 00:17:00.

Die Mannequin + Danko Jones – Santiago Alquimista 20.04.2008

DANKO JONES

Não há necessidade disso, mas se houvesse, neste século, que dar outra designação ao Rock’n’Roll, ela seria sem dúvida DANKO JONES! Por duas ou três razões: pela formação básica com que toca, guitarra, baixo, e bateria, elementos eles próprios basilares do Rock’n’Roll, pela simples mas eficaz estrutura dos seus temas, em regra rápidos e ritmados, próprios do “hard” e pelos textos destes que, essencialmente, andam à volta do elemento feminino, sexo e masculinidade, esta bem patente nas suas actuações ao vivo. Se isso não bastasse os títulos dos seus discos reflectem o temperamento de quem acredita no que faz de alma e coração e percorreu um longo caminho até chegar ao ponto em que se encontra: “Born a Lion”, “We Sweat Blood”, “I’m Alive and on Fire” e que faz questão de demonstrar isso mesmo em palco.
Antes de iniciar o seu percurso no Vinil ou no Compacto se quiserem, DANKO JONES e respectivos acompanhantes, iniciaram em 1996 o seu percurso, tocando insistentemente, durante pelo menos dois anos, nos Estados Unidos e Canadá, de onde DANKO é natural, fazendo a primeira parte de bandas como THE NEW BOMB TURKS, NASHVILLE PUSSY, BLONDE REDHEAD, THE MAKE-UP, THE DIRTBOMBS, THE CHROME CRANKS e THE DEMOLITION DOLL RODS.
A Lisboa, mais propriamente, ao Santiago Alquimista, DANKO trouxe tudo isso e mais o sentimento de que, segundo as suas palavras “se sente mais em casa em Portugal do que no Canadá”, sobretudo, digo eu, pela vasta legião de fãs que por cá granjeou e o carinho que lhe dispensam sempre que por cá passa. Há já dois anos que isso não acontecia, mas DANKO, fez questão se afirmar que gostaria de passar por á todos os anos, senão de seis em seis meses. A ver vamos.
No Santiago, abriu com o single de estreia do seu mais recente trabalho “Code of the road” e terminou com “I’m aliveand on fire”, sucedendo-se durante a hora e meia de espectáculo os temas mais orelhudos, “Rock shit hot”, “Samuel sin”, “Lovercall”, “Way to my heart”, “Forget my name”, “Never to loud”, etc. Antes de “We sweat blood”, fez questão de pedir ao Staff para desligar o ar condicionado, porque ele o queria fazer: suar as estopinhas, como se deve num bom espectáculo de “Rock’n’Roll”. E foi isso mesmo que aconteceu. Não chegou a haver sangue, mas sim, suor houve em abundância.
Para abrir o concerto, DANKO JONES trouxe de Toronto, Canadá, “DIE MANNEQUIN”, liderados pela guitarrista de 21 anos Care Failure (nascida Caroline Kawa). Banda mais ou menos desconhecida por cá, com um nome a fazer pensar num grupo alemão, que destilou suor, um som próximo do punk, que assenta, tal como DANKO, na mesma estrutura básica: guitarra, baixo e bateria e que roda no circuito desde 2006. A rapariga gosta da interacção com o público, no meio do qual se misturou várias vezes, arrancando da sua guitarra os acordes com que foi aquecendo os presentes, nomeadamente, com temas como “Do it or die” e “Autumn canibalism”, retirados do seu mais recente EP “Slaughter Daughter”. Uma banda a considerar em futuras audições, e que conquistou por certo os ouvidos de alguns.
No final do espectáculo e depois de DANKO JONES ter tocado o último acorde de “I’m alive and on fire”, lá se foi a audiência, bebida, mas com estômago para muito mais, assim DANKO tivesse querido.

ARLINDO PINTO – texto e fotografia
Fonte:hardheavy.com (Live Report)

Invasão americana!

Originally posted 2015-02-04 00:16:11.

 

WE WANT PUSSY… PUSSY… PUSSY!

Invasão americana

arlindo-pinto-nashville-pussyNa segunda-feira, 06.04.2009, juntou-se a fome com a vontade de comer, no Santiago alquimista. Os EUA invadiram o local com duas super bandas viciadas no bom velho ROCK’N’ROLL! Hell Yeah, Jesus! (Jesus é uma alusão, pequena é certo, ao período que se atravessa: a Páscoa). Bom, continuando que a minha vida não é esta e tenho outras coisas para fazer, nomeadamente, ir ver se está sol, a monstruosa, dilacerante, decibelmente louca e sonora invasão, foi levada a efeito por duas bandas oriundas das terras do Tio Sam (este tipo dura desde 1812, irra), com um objectivo claro: SEARCH AND DESTROY!
As feras enviadas foram nada mais do que o Tio Sam tem de melhor na área: SUPERSUCKERS (Motorhead-cum-Social Distortion garage rock) e NASHVILLE PUSSY (Lynyrd Skynyrd meets AC/DC high on speed in a sex motel).
Os SUPERSUCKERS andam em tour comemorando 20 anos de carreira, desde o seu primeiro “The Smoke of Hell” até ao mais recente “Get It Together”, do ano passado e autoproclamam-se a melhor banda de rock’n’roll do mundo.
Quer vocês tenham nascido com uns corninhos (eu sou dos dos corninhos) ou umas asinhas, liderados por Eddie Spaghetti (uma espécie de Tim americano – voz e viola baixo), uma coisa é certa, estes rapazes fazem ferver o sangue de quem os ouve! Mais: estes rapazes fazem-vos ferver e vocês querem mais e choram por isso. Foi exactamente isto que se passou no Santiago: moças à beira da loucura chorando enquanto ouviam Eddie Spaghetti, cantar o que quer que fosse. Senti-me de repente, numa sala cheia de meninas gritando pelos Fab Four! Coisa Estranha!
Concerto dado ao qual se juntou empunhando uma cervejita, o aniversariante Jeremy, baterista dos NASHVILLE PUSSY, lá foram os rapazes com a guitarra de baixo do braço, deixando a audiência em papas, mas com pedalada para ouvir os PUSSY.
Não posso escrever muito sobre os NASHVILLE PUSSY, porque sou suspeito: sou fã da banda desde o primeiro disco “Let Them Eat Pussy” de 1998 até ao novíssimo “From Hell To Texas”. No entanto vou tentar manter-me isento.
Os NASHVILLE PUSSY são a melhor banda de rock’n’roll do mundo (desculpem lá ó SUPERSUCKERS). Porquê? Podia ser só porque me apetece, mas não. O primeiro disco dos PUSSY, foi dos poucos em toda a história já longa da minha mais ou menos meia-idade nos meandros do rock’n’roll, em que aos primeiros acordes se pensa: porra é mesmo isto! Além do mais a banda é constituída por dois casalitos, sendo que a menina Ruyter Suys gosta de exibir os seus ligeiramente atraentes peitos, sempre meio descobertos. Ora a malta gosta é disto. Rock, mamas e pussy!
O concerto iniciou-se com “Speed Machine”, a faixa que abre o mais recente “From Hell…” e durou tanto quanto o tempo necessário para tocar mais 14 temas, sendo o apoteótico final protagonizado pelo tema “Goin Down”.
No final do show juntaram-se aos fãs e deram autógrafos. O Jeremy fazia 21 anitos e nunca mais o vi, assim como à moça das maminhas ao léu, pelo que só pude catar os autógrafos do Blaine e da Karen… melhor que nada, mas bom mesmo foi ver, ouvir e fotografar uma banda que adoro!
As fotos aí estão, bastantes até, se calhar demais. Durante dois dias andei com dores nas pernas, da peregrinação que fui fazendo durante a noite, ajoelhado tentando obter uma boa foto! Já não tenho vida para isto!
Boa Páscoa!