Loquillo y los Trogloditas – A por ellos… que son pocos y cobardes :::: Siniestro Total – Ante todo: mucha calma
XV Festival de Corroios: muito para poucos!
Originally posted 2014-12-12 16:54:18.
OS CACTOS + THE HYPERS + MILLION DOLLAR LIPS
Ontem decorreu a 3ª sessão do XV Festival de Música Moderna de Corroios, por sinal a primeira a que eu fui este ano.
Em palco estiveram os concorrentes OS CACTOS (excelente porque ficam aqui no Planeta dos Catos), THE HYPERS e os convidados outrora concorrentes MILLION DOLLAR LIPS.
Ou pela oferta ou por outra razão qualquer as Ginásio Clube de Corroios estava quase vazio, o que foi pena porque qualquer das bandas, cada uma defendendo o seu género, estiveram muito bem em palco.
Pessoalmente gostei dos THE HYPERS: rock’n’roll da velha guarda com balanço e decibéis. Os CACTOS são um projecto interessante, mas só me faziam lembrar e nem sei porquê o rock alemão dos anos 70. Mas gostei, muito interessantes. Têm até, digo, boas probabilidades de estar na final. On verra! Os LIPS são mais do
pop electrónico. Teclas, bateria eléctrica, uma guitarra. Mesmo assim, para mim que sou fã do bom velho rock’n’roll, gostei de os ouvir, tanto mais que o vocalista atirou um grande “vão-se foder” a todos aqueles que perfilham a ideia de que as bandas portuguesas devem cantar na língua de Camões. Foi simpático!
Eu lá estive de máquina emprestada e com flash incorporado, porque o outro não resistiu a tantos encontrões, moshes e outras tropelias de tantos concertos ter fotografado e está morto. Havia mais fotógrafos, incluindo os de uma qualquer escola de fotografia. Ainda cá fora ouvi curioso as dicas que o acompanhante daqueles alunos dava para fotografarem o espectáculo. Dicas e ensinamentos que também eu já ouvi: ISO elevado, cara focada, não usar flash, etc., etc. No fundo são as
regras. Também eu as observo… raramente. Tomei o gosto ao flash, aos corpos arrastados, às manchas, à pintura!
Eles lá andaram na sua tarefa e decerto obtiveram fotos muito boas. Eu, pelo contrário, é o que se vê.
Ficam na secção Rock’n’Roll Circus do meu site www.arlindopinto.com. Clicam nas fotos acima e já está!
Em Corroios a música foi muita, mas para poucos…
Na próxima semana estaremos outra vez no ginásio, até porque vão lá estar os DAPUNKSPORTIF… Olarilas!
Stay clean!
New York Dolls – "New York Dolls"
New York Dolls – “New York Dolls” 1973
Fotografia: Toshi
FESTIVAL MÊDA+ x 5!
Originally posted 2013-08-22 21:15:43.
Rescaldo do II Festival Mêda+, 29 a 31 de Julho, 2011
Quando em 2010 surgiu o primeiro MÊDA+, o facto foi motivo de estranheza para muitos, habituados à ideia de que o
município não tinha ofertas culturais dessa natureza, numa área acima de tudo dedicada às gerações mais jovens, com muito olho na MTV, ouvido nas rádios “indie” e assíduos frequentadores de festivais pop/rock por esse país fora.
Contudo, algo mudara e os jovens medenses quiseram marcar uma posição de caráter cultural nesta região e provar que era possível, com êxito, trazer a música ao interior, ao invés de enviar para os grandes centros os espectadores.
Ao seu nível o I FESTIVAL MEDA+, não tendo sido um êxito rotundo, foi a semente que em 2011 trouxe ao mesmo local milhares de pessoas, que não quiseram deixar de marcar presença num festival que teve um cartaz eclético e com nomes, uns feitos,
outros promessas evidentes do panorama pop/rock português. Mais: é óbvia a aposta na ajuda ao lançamento de bandas mais jovens e que, tendo já provado a sua valia, não foram ainda chamados aos grandes palcos ou não andam ainda nas bocas do certo mundo, tais como por exemplo, NERVO e ALMA FÁBRICA. Aliás, é nossa opinião que os ALMA FÁBRICA protagonizaram o momento mais belo do festival, apesar de poucos o terem presenciado. Marcaram a diferença, não só pelo som que produzem, como pelo momento e local onde teve lugar o seu concerto: um aprazível final de tarde, no centro da cidade, nas escadas do “Domus Iustitiae”, que insistentemente me trazia à mente o evento gravado ao vivo nas ruínas de um velho anfiteatro em Pompeia, pelos PINK FLOYD e apropriadamente chamado de “Live at Pompeii” o qual tem a particularidade de não ter audiência. Falo de algo que admiravelmente existe e é belo, pelo simples facto de ser, sem apendículos, nem aplausos.
Um festival que fechou com ALMA, diríamos, e que se iniciou com música de boa CEPA, apesar de TORTA. De facto, o festival abriu sexta-feira com os filhos da terra: OS CEPA TORTA, fundamentalmente uma banda de covers que fizeram o seu papel de forma irrepreensível: aquecer as hostes para o que aí vinha e fazer levantar a poeira.
Para a noite: THE POPPERS e DIABO NA CRUZ, terminando com a dj DjOaNa, para colocar “KO” as centenas que permaneciam em frente ao palco após o termo da atuação dos DIABO NA CRUZ. THE POPPERS foram novidade para muitos, para muitos mais nem tanto: são uma banda habituada já às luzes da ribalta, com o seu mais recente registo “UP WITH LUST”, centrado nas ruas de Lisboa e marcado pela onda musical da Londres dos anos 60, em “tour” pelo país inteiro e em breve por essa Europa fora. Deixaram todos babados de boquiabertos que ficaram com a energia da banda.
Dos DIABO NA CRUZ alguém disse serem “rock com travo estético e autoral nacional”. O seu disco “VIROU!” volveu tudo do avesso e misturou na “mouche” o rock e o vira e foi “Casamento”. Também no II MÊDA+ os que enchiam o recinto do festival e a banda se uniram para em uníssono fazerem, não “o diabo a quatro”, mas uma noite memorável.
DjOaNa terminou a noite e preparou a malta para o dia seguinte: DEFYING
CONTROL, NERVO e TARA PERDIDA. Uma noite punk com “o rock como nunca o ouviram” pelo meio. É este o lema d’OS NERVO. NERVO que são os primeiros repetentes do MEDA+: estiveram na primeira edição do festival e voltaram na segunda. Em 2010 trouxeram o seu, até à data, único longa duração: “TRIPAS CORAÇÃO”, um rosário de orelhudas malhas rock cantadas em português. A multidão pedia “Comprimido Pop”. E comprimido teve. Mas teve também novos temas, igualmente enérgicos e furiosamente desalmados. Não só não desiludiram como acrescentaram pontos.
Aos DEFYING CONTROL coube a tarefa de abrir as hostilidades. Os rapazes já rodaram no Brasil, Europa e editaram no Japão, Europa e Estados Unidos, por isso não são principiantes. Antes pelo contrário. Já abriram, para bandas como Ignite, No Use for a Name e Streetlight Manifesto. Desde2005 atrilhar os caminhos do punk, sem tréguas, sem se renderem, deram muito boa conta de si mesmos e as massas souberam apreciar, cantar e dar-lhes gás para continuarem.
A noite terminou com os autores de “Pala Pala”, TARA PERDIDA. Eram esperados. Os rostos e as T Shirts diziam isso mesmo. Muitos fãs, muitos TARA(dos) aguardavam a banda de João Ribas. Os TARA PERDIDA rodam desde 1995 e apresentaram os temas que a multidão queria ouvir e cantar, da forma como o costumam fazer: em comunhão com os fãs, com ou sem batata frita.
ALVIM fechou a noite.
Feitas as contas o MÊDA+ 2011, em relação a 2010 foi 5 vezes superior, em cartaz e em almas sedentas de Rock’n’Roll.
2012 será o ano em que se fará a prova dos nove: ou sim ou sopas, isto é, ou morre ou finca definitivamente pé e ganha o seu espaço no rol dos prestigiados festivais nacionais, com a especificidade de este ser o nosso!
Fotos do evento no site
TIGER MAN LUX NOSTRA
Originally posted 2013-08-22 21:15:41.
TIGER MAN LUX NOSTRA, LISBOA, 30.09.2009
Na passada quarta-feira, 30 de Setembro do nono ano após o antes anunciado e inconcretizado fim do mundo, subiu ao palco do LUX, THE LEGENDARY TIGER MAN, para apresentar “FEMINA”, o parto mais difícil de todos os seus registos fonográficos, acompanhado de senhoras muito ilustres e a vários níveis notáveis, seja pela voz, pela indumentária, pela presença em palco, pela beleza intrínseca do seu corpo ou por tudo isto em conjunto: CIBELLE, RITA REDSHOES, CLÁUDIA EFE, PHOEBE KILLDEER e LISA KEKAULA.
No dia anterior, 29, THE KILLER, JERRY LEE LEWIS, fizera 74 anos. Quando, pelas 23.30, THE LEGENDARY TIGER MAN pisou o palco montado no LUX para o evento, foi THE KILLER que logo me assolou a mente com o ritmo frenético de Great Balls of Fire. À excepção das calças, tudo condizia com JERRY LEE: a camisa de riscas verticais, o penteado, os sapatos brancos e por fim, os óculos. Mas algo mais não caía à JERRY: TIGER não toca piano – ali, entenda-se, não faço ideia se toca ou não. Efectivamente. Terei de perguntar-lhe!
Tudo combinava com Rock and Roll, Country, Rockabilly e Blues. “FEMINA” apesar de tantos duetos e de o “one man band” ter no disco muitas companheiras de estúdio e de estrada, tresanda a Mississípi, Orleães e Luisiana, como já o faziam os discos de JERRY LEE, o que não só não desmerece o trabalho de TIGER, como, bem ao contrário, lhe enobrece o pedigree e o fruto de um trabalho, dedicado às mulheres e ao Rock’n’Roll, esta uma das mais elevadas e nobres causas da humanidade, desde os idos de 50 e aquelas dos mais belos exemplares da raça humana.
THE LEGENDARY TIGER MAN, sendo um só, é plural, e representa o que de melhor se faz por cá e por lá, pela forma renovada e aberta como trata os seus temas, que ao longo dos anos se tem vindo a refinar e de que “FEMINA” representa o expoente máximo, por ora.
O LUX encheu e aplaudiu TIGER MAN e as suas convidadas, tendo tido em LISA KEKAULA uma apoiante frenética e uma voz de arrasar.
Sabem que não falo muita de música, por que apenas sei ouvir e fotografar. Por isso mesmo não digo mais. Apenas que, se não foram LUX, perderam um excelente espectáculo e não souberam o que foi bom.
THE LEGENDARY TIGERMAN foi “LUX NOSTRA” numa noite que foi de nevoeiro.
Meda+ 2013
Originally posted 2013-08-04 16:27:55.
Meda+ 2013: de 25 a 27 de julho de 2013 teve lugar o IV Festival Mêda+. Cabeças de cartaz: FONZIE, SUPERNADA e WRAYGUNN. Fica aqui o registo fotográfico de um dos momentos da atuação dos WRAYGUNN de Paulo Furtado (A.K.A. THE LEGENDARY TIGERMAN) e as ligações para cada um dos álbuns das bandas que por ali passaram. Basta clicar nos nomes e lá vão vocês…
A CEPA TORTA, MISS LAVA, FONZIE | GULA, FEROMONA, SUPERNADA | THE INDIGO, THE PARKINSONS, WRAYGUNN