MOONSPELL na Carbono

Originally posted 2015-02-04 00:17:54.

Sessão de autógrafos dos Dark Lords nacionais

O fim de semana passado foi curtíssimo. Apesar de ter tido dois dias como todos os outros fins de semana, foi muito condensado! O fim de semana só teve sábado, o qual começou às 17 horas e terminou às 7 horas do dia seguinte, já com a cabeça um pouco pesada, direi mesmo meio… coiso! Não façam perguntas que eu não respondo… por mim!
Bom, adiante.
O último dos artigos publicados aqui na casa intitula-se “Estou em conflito”. Presumo que tivessem cogitado estar abasurdido com aquelas duas rodas que giram em sentido contrário, enquanto balançam o corpo como que possuídos por autismo.
Pois é, nem sempre aquilo que sai, entra convenientemente no intelecto dos leitores (os dois ou três que por aqui passam ao engano), porque mal explicado.
Ora o conflito estava relacionado com a ocorrência de acontecimentos importantes em simultâneo, pelo que não tendo eu, como o todo poderoso, o dom da ubiquidade, tinha que me decidir entre estar nuns e faltar a outros daqueles eventos. Senão vejamos:

  • 17 horas: sessão de autógrafos pelos MOONSPELL na discoteca Carbono, na Amadora (bom, quem diz 17 diz 18.30);
  • Concerto às 22 horas dos ditos MOONSPELL na Amadora;
  • Concertos de SEAN RILLEY AND THE SLOW RIDERS, THE PROFILERS e X-WIFE, às 22.30 em NEGRAIS terra de bom bácoro.

A coisa não estava fácil…
Tudo acabou por acontecer da seguinte forma:
Às 17 horas (quem diz 17 diz 18.30), fui até à Carbono fazer reportagem! Algo que agora então vos reporto.
Chegado à loja às 17 horas, bem 17.10, já pequenos e graúdos se amontoavam dentro e fora da Carbono para colherem o seu tão apetecido autógrafo, de uma das bandas do dark metal (ou o que quiserem) que tem levado o nome de Portugal por esse mundo fora e que em breve irá estar em digressão pelos EUA (sim aqueles onde o cowboy mandava), De tudo havia para autografar: discos, posters, livros, guitarras, flyers, desenhos, qualquer coisa onde se pudesse escrever.
E pronto, lá fui fazendo uns bonecos aguardando para o final que a banda me autografasse o seu último registo “Night Eternal” e posasse comigo para o Luís nos fazer um retrato.
Estava assim, cumprida uma parte do dia, que ia ser longo, muito longo.
Havia agora que decidir entre ir ver e fotografar o concerto dos MOONSPELL e ir a Negrais jantar e assistir e fotografar. Também, o “Negrais Fest”.
Às vezes é necessário tomar decisões difíceis, que podem alterar para sempre o rumo da nossa existência. Consultados os oráculos domésticos decidiu a malta que queria leitão em Negrais e uma coisa mais leve para a digestão, do que os MOONSPELL. E pronto, Negrais com eles todos.
O que se passou em Negrais será tema do próximo artigo. É que ainda não tirei a mochila do equipamento do veículo automóvel, pelo que ainda nem vi o resultado de uma noite de fotografias, onde, aliás, encontrei o Fábio Teixeira, grande e jovem fotógrafo da nossa praça.
See ya!

Escrava da Noite

Originally posted 2015-02-04 00:14:59.

Xeque Mate - Escrava da NoiteSou agnóstico. Acredito que não sabemos nem poderemos nunca saber se existe um Deus. Já houve quem me quisesse dissuadir deste céptico agnosticismo, mas sem sucesso: e que sim, que Deus existe e é grande. Senão como surgiu este universo multifacetado e repleto de contradições?
Está bem! Foi Deus que criou o mundo que conhecemos. Mas, quem criou Deus? Eu tendo a achar que foi o Homem! E que cada vez que oramos, os que o fazem, ajoelhados junto de um leito que um dia há-de ser de morte, qual criança pedindo ao Senhor que os monstros abandonem a escuridão do quarto, em rigor, rezamos ao Homem, solicitando para nós e para terceiros muito do que nós próprios podemos dar. Dádivas que a preguiça e descrença no próprio Homem obstaculizam. Mas, se o Homem Criou Deus, então, por entreposta pessoa, o Homem criou o mundo.
Por este e outros motivos que não vêm ao caso, evito persignar-me ou benzer-me invocando a Santíssima Trindade. Isso seria desonesto e hipócrita.
Prefiro invocar a única trindade que me concede alguma serenidade. Para lá da cervejaria propriamente dita, a invocada por um dos grupos “one hit wonder” esquecidos do “boom” do chamado “rock português”. Continue reading “Escrava da Noite”

Venham Mais Cinco

Originally posted 2015-02-04 00:14:21.

Santiago Alquimista, 24.04.2010

Ainda antes da crónica do concerto dos RAMP, no dia 23 de Abril, o mês da revolução e possivelmente até da Sagrada Família, trago aqui a crónica, ou um arremedo de crónica, do que se passou no Santiago Alquimista no dia 24 de Abril, o prólogo da revolução que, infelizmente, decorridos 36 anos acabou por criar as condições, para a falta de vergonha, a usurpação, o despudor, com que a classe política e os seus acólitos detentores do respectivo cartão de militante, absorvem tudo quanto é tacho sôfregos e insaciáveis. Abril deu aos portugueses a possibilidade de lutarem contra este Estado que continua a engordar, tal como antes da Revolução dos Cravos. Há só uma diferença: ao tempo da ditadura os amamentados eram menos. Agora esta porca parida no curral das maiorias que é a democracia, dá de mamar a muitos mais, menos ao povo. Bom, mas a bem da verdade, o povo também constitui um bando de carneiros que anda ao sabor dos despropósitos dos governos. O povo não tem atitude! O povo não tem tomates! Esta é a verdade…
Ora bem sobre o Venham Mais Cinco: iniciativa promovida pelo MAR, Movimento Rock Alternativo e pelo Feedback, que teve lugar no Santiago Alquimista e visou homenagear ou celebrar os 80 anos do nascimento de Zeca Afonso e Abril.
Alinhamento de músicos e Dj’s (obrigado Eurico):
22h40 – Terno de Balas
22h50 – Cão da Morte
23h00 – Atma
23h10 – O Quarto Fantasma
23h20 – os Lábios com Miguel Ângelo
23h30 – Venham mais 5
00h10 – Acabar com o “Venham mais 5” todos no palco.
00h15 – DJSet0 – João Coração
01h00 – DJSet1 – Mau
01h45 – DJSet2 – Armés
02h30 – DJSet3 – Hélio Morais
03h15 – DJSet4 – Pedro Laginha
04h00 – fecho da casa
Para as celebrações o MAR escolheu muito apropriadamente jovens bandas nacionais, atitude consentânea com o espírito de divulgação dos novo valores que o MAR pretende levar a cabo, digo eu.
Cada uma das bandas convidadas actuou com uma versão de uma canção de Zeca Afonso. Sem peias digo desde já que a que mais me agradou foi a versão de “Vampiros” d’Os Lábios com o Miguel Ângelo. Isto sem desmerecer de qualquer dos participantes.
Mas eu fui para fotografar. E fotografei até à altura que um jovem de câmara a tiracolo se dirigiu ao microfone e disse para quem quis ouvir que os fotógrafos estavam a tapar a vista ao público e a desconcentrar os músicos!
Errado, errado, errado. Isso não se faz! Nada disso. Longe de mim pretender tapar a vista ao público e muito menos desconcentrar os jovens artistas em palco. Mas, ao que parece, tive esse condão, daí uma ou outra nota fora do sítio! Como não estava ali para impedir nem a visão do público, nem a concentração dos músicos, meti a guitarra no saco e finito, não fotografei mais. Acho de uma falta de chá e de consideração anunciar publicamente regras que não foram definidas “ab initio”. Quero eu dizer que, no inicio do espectáculo, como sempre se faz, a organização ou quem quer que seja que tenha os pergaminhos para tanto, dirige-se aos fotógrafos e diz: “só podem fotografar assim e assado, nada de cozido e guisado”. Falhou esta parte no Venham Mais Cinco.
Salvou-se a noite pelas fotos, pelas bandas (ainda que desconcentradas), pelas conversas com o Paulo dos NERVO que me ofereceu o seu excelente disco e com o Bruno Broa sobre o significado do MAR e das suas iniciativas futuras.
Já sabem: clicam no cartaz e aparecem as fotos. Espero que gostem. Se não gostarem, contratem outro.

O Santo Graal!

Originally posted 2015-02-04 00:13:47.

Go Graal Blues Band - The fault is her own Talvez existam os milagres! Pessoalmente, no caso concreto, poderia até dizer que não acredito neles, mas que eles acontecem, lá isso acontecem! Muitas vezes andam até de braço dado com as desgraças. Senão atente-se: a escravatura, facto lamentável, associado à também, bastas vezes, não menos lamentável história da América do Norte, destilou, sobretudo após a guerra civil americana (esta será mote para audições futuras), o milagre dos “blues”, o vocabulário básico do “rock”. Aqui está a prova que era necessária para confirmar a ocorrência de milagres e a sua ligação inevitável às maiores desgraças da humanidade. Por exemplo, a Virgem apareceu aos pastorinhos, quando no país se vivia, ao que sei, uma desgraça ainda maior do que a actual… A confirmar esta mesma desgraça, está outro facto histórico: o de que as novas tendências, seja em que domínio fôr, chegam ao nosso jardim à beira mar plantado (votado à extinção segundo as últimas previsões da UE, no que toca à emissão de poluentes) cerca de 20 anos depois do facto Continue reading “O Santo Graal!”

Os Lábios

OS LÁBIOS no São Jorge

OS LÁBIOS começam a rodar depois de terem deixado atrás de si um rasto de brilho como THE PROFILERS. Ainda não há disco novo. Ou melhor disco de OS LÁBIOS não há mesmo. Só quem tem assistido aos “live gigs” tem tido o privilégio de ouvir os novos temas e alguns outros vestidos de lavado. Da forma como eu vejo a coisa, os concertos são uma boa oportunidade para vender discos ou então só para aguçar o apetite.