Merecer a vitória

Português suave

Originally posted 2018-09-29 07:26:07.

Merecer a vitória!
Merecer a vitória!

Hey hey! Long time no see!
Como é que vão? Estão a vencer a crise? Ah, ah! Somos todos mesmo uns idiotas, não? Eu sei: não é fácil viver em países com governos de papel. Mais valia rasgá-los. Mas nós não: somos de brandos, diria até brandíssimos, costumes. Fruta! Bananas! O papel apenas o arremessamos, por vezes até com fúria (pode ser uma fatura), incivilizadamente ao chão. Justificamos o ato com o trabalho que a outros daremos para o apanhar, pago pela algibeira de todos. Somos imbecis porque gostamos. Somos assim. Não queremos mudar. É isso que faz de nós portugueses, não? Não nos atrevemos a rasgar, a fazer sangue! Só se formos mandados pelos líderes, claro. Como foram os que ficaram nos agora PALOP ou voltaram estropiados!
Somos incapazes de meter pelos olhos (ou pelo cú já que olhos não têm) adentro dos governadores, que estão gordos, que são os porcos representados nos cartazes antifascistas das revoluções vermelhas. Os governos são uma espécie de mercearia, onde o cliente pede e é atendido. Até porque “o cliente tem sempre razão”. E o cliente vai aquela mercearia, por que é a do seu bairro, onde ele é conhecido e o merceeiro, apesar de não necessitar, emprega-o. Mas se não for ele, há de ser o homem do talho que também fornece o clube. No entanto, ninguém precisa daquele cliente, mas então, ele tem sempre razão, vamos lá dar-lhe uma mão que quem paga são os outros, aqueles, os carneiros!
A oposição ladra, rosna e espreita os cordeiros, ordenados, arrumadinhos, a emagrecer e espera a hora de lhes saltar em cima, como alcateia em fúria de lambarices, antes que tudo termine de vez.
– Vá lá – pedem os lobos aos cordeiros.
– Um último esforço, precisamos de alimento, somos os líderes.
E com razão, porque apenas carneiros, cordeiros e quejandos, carecem de líderes.
Por seu lado, a alcateia ministeriada, engorda ou pelo menos não se esforça por emagrecer: não vai a um ginásio, não faz uma corrida que não seja ao bolso dos contribuintes, não faz abdominais porque eu nunca vi um porco fazê-los, não faz nada! Também não a recrimino. Diz o povo que “só trabalha quem não sabe fazer mais nada”. Ainda bem que em Portugal há quem sabe não trabalhar. Graças ao senhor, aos céus e aos santos declarados e aos outros que ainda só foram beatificados.
Ámen!

Todos Mortos

Todos Mortos

Originally posted 2015-02-04 00:15:02.

Todos MortosRuo, construo, desconstruo, reconstruo, num ajuste curvo
de uma abóboda celeste incoerente
de um fogo efémero que arde mas não queima
como a insignificante morte dos antepassados,
depois da dor, morte e terrestres seres moídos
em impulsos incoerentes de glória falsa
efemeramente enganosa.
Proxenetas do pai no seu dia, sem genetriz nem descendente que o acoite.
Triste macaqueação e um inútil ser filho da mãe.
Aspiro a armas e canhões nunca assinalados em qualquer parte
num retângulo de homens difíceis, génios do horror nativo,
extenuados da inteligência sobredotados da depredação,
verdugos do povo madraço macambuzio prenhe de revoltas
encerradas nas paredes obscuras dos tugúrios da imigração.
Todos mortos, todos mortos… filhos da puta!