Grande Livros dos Portugueses Esquecidos

O Grande Livro dos Portugueses Esquecidos

Originally posted 2018-11-11 05:32:59.

 

Via site recebi informação do historiador, professor na Universidade Fernando Pessoa, informação sobre o seu último lançamento. Trata-se de um livro que pretende resgatar do esquecimento alguns ilustres portugueses que deixaram contributos em várias áreas das ciências ou pura e “simplesmemte” na história.
Do livro diz-se o seguinte, segundo informação enviada pelo próprio e verificada por mim em vários sitios da net:

«Deveria ser um manual escolar.»
Tiago Cavaco, Revista Ler

«É revelador que O Grande Livro dos Portugueses Esquecidos seja também e em grande medida uma colecção dos mais nobres traidores da Pátria. Traição aqui como a mais sublime devoção possível a um país. Boa parte desses valorosos concidadãos foi em vida apelidada de Judas pela sua própria terra. O mínimo que se espera é postumamente fazer justiça às suas memórias.»
Tiago Cavaco, Revista Ler

Sabia que na corte de Catarina, a Grande, existia um médico português? Próximo da czarina, Ribeiro Sanches serviu a soberana russa sendo considerado um dos grandes percursores da reforma pombalina. Em Londres ardeu em praça pública Cavaleiro de Oliveira, escritor e diplomata que não se quis calar editando polémicos escritos. Encarcerado na Junqueira morreu aquele a que os alemães chamaram de “Newton português” – Bento de Moura, físico e inventor. Herói da independência do Brasil, Andrade da Silva descobriu o terceiro elemento químico, o lítio.

Talentosos, lutadores e por vezes ignorados em vida, contam-se os atribulados percursos de vida de homens e mulheres que, dentro ou fora do país, deixaram um inquestionável contributo.

Esquecidos, mas de extraordinárias vidas, é na verdade uma aventura a descoberta destes portugueses pelo mundo…

Do Prefácio:

«A identidade nacional faz-se a partir da memória, mas a memória portuguesa é estranhamente selectiva. O historiador Joaquim Fernandes, neste seu livro bem documentado sobre os “portugueses esquecidos”, vem lembrar-nos muitos nomes que, apesra de o merecerem, não têm conseguido passar no crivo da nossa memória colectiva. As razões serão as mais variadas. Mas talvez a mais comum seja o facto de grande parte desses notáveis se terem ausentado do seu país natal (ou permanecido ausentes do país natal de seus pais). Muitos deles perseguidos na sua própria terra foram para longe e ficaram longe na nossa memória. Outros ficaram por cá, desafiando condições difíceis, mas foi como se tivessem ido para longe. Também foram injustamente ignorados.»

Da Introdução: (…)

“Invocamos neste inventário – que não poderia ser definitivo, antes ilustrativo – o tríptico em que assenta o afrontamento e a incompreensão da sociedade portuguesa perante muitos criadores e pensadores da diversidade científica e cultural, das heterodoxias ideológicas e religiosas: errância, ignorância, intolerância, definem, a nosso ver, os nódulos conflituais que resulta(ra)m do cruzamento entre as minorias mais inconformistas e o corpo maioritário da nação.
Pretende-se com esta divulgação histórica recuperar a memória de um longo cortejo de portugueses cuja obra, vilipendiada ou cerceada por obstáculos ideológicos vários, se diluiu nas ruínas de uma injusta amnésia colectiva. De uma forma didáctica, este espaço visa ajudar à formação de uma opinião leitora mais crítica que propicie novos espaços para a tolerância, incentive o reforço da nossa auto-estima comum e incorpore um conhecimento mais justo dos préstimos da cultura científica portuguesa para a constituição do saber universal. (…)”

Fica a noticia para os interessados se debruçarem sobre um livro que poderá revelar factos surpreendentes e que saberá bem ler no conforto do sofá da sala, enquanto lá fora chove copiosamente.

Joaquim Fernandes
Historiador, professor na Universidade Fernando Pessoa, co-fundador do Centro Transdisciplinar de Estudos da Consciência. Especialista no estudo do imaginário português, começou por editar «Ovnis em Portugal (1978), seguindo-se «Intervenção Extraterrestre em Fátima» (1982), «As aparições de Fátima e o Fenómeno Ovni» (1995), «Fátima, nos Bastidores do Segredo» (2001), «Heterodoxias para o século XXI: novas fronteiras da Ciência» (2001), «Silenciados e Silenciosos» (2005), «O Cavaleiro da Ilha do Corvo» (2007).

Andre Gago

Hamlets, Heterónimos, Pessoas…

Originally posted 2018-05-25 16:56:35.

Andre GagoCarlos Barretto, um dos mais importantes músicos e compositores da cena Jazz portuguesa, juntou-se a André Gago para criar um concerto poético, que tem estreia marcada para dia 27 de Março (Dia Mundial do Teatro) no famoso Centro Cultural Malaposta, em Odivelas.

Este espectáculo traça o rasto que a personagem Hamlet – e Shakespeare – deixaram na literatura portuguesa, e em particular nos nossos poetas, dos ultra-românticos aos contemporâneos.

O eixo central do espectáculo organiza-se em torno de Pessoa e dos seus heterónimos, com destaque para Álvaro de Campos e Alberto Caeiro. Mas há mais poesia tocada pela temática metafísica de Hamlet: Cesariny, Teixeira de Pascoaes, Jorge de Sena, Guerra Junqueiro, António Gedeão, Mário de Sá-Carneiro, Sophia de Mello Breyner, António Nobre, Gomes Leal e António Feijó são os outros autores evocados nesta elegia estranha, onde morte e humor vão de mão dada como os célebres palhaço e coveiro que Shakespeare nos apresentou em Hamlet.

Entre a poesia, a canção e a música (Carlos Barretto improvisa e toca também temas do seu álbum “Solo Pictórico”), esta nova produção vem encerrar o ciclo dedicado a Hamlet, iniciado com “A Gargalhada de Yorick” e continuada em 2007 com a apresentação de “Hamlet”, numa co-produção entre o Teatro Instável e o Teatro da Trindade.

SINOPSE

Terá Hamlet, personagem de autor, sido o primeiro metafísico da literatura ocidental? E Fernando Pessoa, autor de personagens, o seu zénite?

Que o tema shakespereano exerceu grande atracção sobre Fernando Pessoa é evidente. Mas como se foi moldando, até chegar a Pessoa, e mesmo depois dele, a herança hamleteana?

Este espectáculo procura traçar o rasto hamleteano na literatura portuguesa, e revela a surpreendente influência de Hamlet – e Shakespeare – nos nossos poetas, dos ultra-românticos aos contemporâneos.

ÍNDICE TEMÁTICO:

YOU ARE WELCOME TO ELSINORES / SIM, É O CASTELO DO HAMLET / SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO / SE TE QUERES MATAR, PORQUE NÃO TE QUERES MATAR? / SE EU MORRER NOVO / SE DEPOIS DE EU MORRER QUISEREM ESCREVER A MINHA BIOGRAFIA / SE EU JÁ ESTIVER MORTO / HÁ UMA PROVIDÊNCIA ESPECIAL NA QUEDA DE UM PARDAL / A RAINHA MAB / ADEUS RAÍNHA DAS FADAS / DO SEU LONGÍNQUO REINO COR-DE-ROSA / A CRIANÇA QUE PENSA EM FADAS / HORA FINAL / NOX / NA NOITE TERRÍVEL / INSÓNIA / DE MANHÃ / DESASSOSSEGO / MALES DE ANTO / A CAVEIRA / O PALHAÇO E O COVEIRO / O FIM / SE TODO O SER ABANDONAMOS /ADEUS

OS AUTORES:

MÁRIO CESARINY / JORGE DE SENA / WILLIAM SHAKESPEARE / ÁLVARO DE CAMPOS / ALBERTO CAEIRO / TEIXEIRA DE PASCOAES / ANTERO DE QUENTAL / BERNARDO SOARES / ANTÓNIO NOBRE / ANTÓNIO FEIJÓ / GOMES LEAL / MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO / SOPHIA DE MELLO BREYNER / ANTÓNIO GEDEÃO

E A MÚSICA DE CARLOS BARRETTO… (COM UM TEMA DE MÁRIO LAGINHA)

Concepção Geral: André Gago

Música Original: Carlos Barretto

Figurinos: Ana Vaz

Fotografia e Design de Rui Soares Esteves

Desenho de Luz e Direcção Técnica: Marinel Matos

Interpretação: André Gago e Carlos Barretto

Duração aproximada. 65 minutos (sem intervalo)

Fonte: www.newopenart.com/teatroinstavel

(clicar nas fotos para aceder à galeria)