Morreu Peter Steele

Segundo noticia a Agência Globo do Brasil, “o vocalista da banda de rock Type O Negative, Peter Steele, de 48 anos, morreu na noite de quarta-feira, em Nova York. A causa, ainda não confirmada, teria sido insuficiência cardíaca.
A notícia se espalhou logo cedo nesta quinta por fãs na internet e foi confirmada pelo site oficial do grupo: “Por favor, sejam pacientes e esperem por declarações da banda e da família mais tarde. Obrigado pela compreensão e pelo apoio”.

Todos Mortos

Todos Mortos

Originally posted 2015-02-04 00:15:02.

Todos MortosRuo, construo, desconstruo, reconstruo, num ajuste curvo
de uma abóboda celeste incoerente
de um fogo efémero que arde mas não queima
como a insignificante morte dos antepassados,
depois da dor, morte e terrestres seres moídos
em impulsos incoerentes de glória falsa
efemeramente enganosa.
Proxenetas do pai no seu dia, sem genetriz nem descendente que o acoite.
Triste macaqueação e um inútil ser filho da mãe.
Aspiro a armas e canhões nunca assinalados em qualquer parte
num retângulo de homens difíceis, génios do horror nativo,
extenuados da inteligência sobredotados da depredação,
verdugos do povo madraço macambuzio prenhe de revoltas
encerradas nas paredes obscuras dos tugúrios da imigração.
Todos mortos, todos mortos… filhos da puta!

Fria caligrafia

Originally posted 2015-02-04 00:14:34.

Fria CaligrafiaFora… lá fora o vento sibilante,
o chuvisco gelado do Inverno…
O Inverno humano.
Rosto no vidro batido… rosto dilacerado.
Agora o “já” eterno…
Lá fora o Inverno.
Vago… o pensamento!
Fome do outro lado…
A força, raiva… raiva… lá fora o Inverno!
O zumbido repentinamente estatelado… o zumbido.
A voz… por terra o pedaço vivo… de humanidade morta!
A destruição quente… Quente o Inverno?
Lá fora o frio… o Inverno frio.
Fome virgem deste lado?
Abundância… fome parida!
Agora sim! A fome parida…
Gritos… gritos… tantos gritos.
O desespero solitário lido no rosto…
Rosto no vidro batido… partido!
E o Inverno cá dentro…
A pele nua… no frio.
Pesado o pedaço morto… aquele rosto no vidro antes batido.
Lágrimas pelo rosto despedaçado…
Agora é o Inverno, o pedaço gelado… tudo gelado.
A terra quente… por terra o morto… frio.
Agora o “já” eterno… a ausência do rosto no Inverno…
O Inverno no rosto!
O sentir… um sentimento ido… um pedaço…
Lá fora o vento sibilante… o Inverno… o chuvisco gelado…
… a morte!

(Meda, 1982)

joel-peter-witkin an objective eye

Joel-Peter Witkin An Objective Eye

Originally posted 2015-02-04 00:11:50.

No último Photobook Club Lisboa, tive o prazer de apresentar o trabalho de Joel-Peter Witkin, fotógrafo de referência para mim e o meu próprio trabalho “Take My Body”.  Recentemente tive também o prazer de descobrir o último documentário produzido sobre aquele fotógrafo. É um filme de distribuição online e custa apenas 11.04€. Fica aqui o link para quem o quiser adquirir e ficar a conhecer o conceito por detrás de muitas das suas fotografias, conhecer melhor este génio da fotografia e histórias pitorescas resultantes da sua atividade como fotógrafo. Aqui está o link:  
Entretanto fica o trailer!

Pompeia

Originally posted 2014-02-23 19:50:38.

Quadradamente retirámos a Sul.
As tropas jaziam inertes numa espera de morte rápida,
brandindo sabres de guerreiro amedrontado e
a majestade romana erguia hirta,
quente,
a estátua da civilização laica,
enquanto o vulcão aquecia, num sorriso cálido
a Janika.
Vulcano soltou ordenadamente os condenados ao terror e
pretendeu possuir, num beijo roçado
nos átrios do templo de Poseidon,
as filhas do Império que estouravam num odor fétido a
sexo e alimentação.
Baco escorropichava corrimentos femininos dos
copos da bestialidade ibérica e
soltava ejaculações alcoólicas de touro enraivecido.
Num Inverno primaveril de flores murchas
os deuses caíram esquálidos no
beco tétrico das avenidas de Pompeia e,
orando sonolenta, Vénus possuiu as
filhas do lesbianismo ministerial.
Era Júpiter que ria sentado no
trono invertido das nacionalidades orientais
da península dos alarves.
Um vulcão de terra prometida rodeou os espaços,
as facas voaram numa dança macabra de
terror infinito e
Pompeia adormeceu num sono profundo de
metabolismos eternos.