De Vénus para o planeta azul

Originally posted 2018-10-21 18:35:34.

Voltaram para exterminar

ValientThorrCARTAZEstiveram por cá em 2007, no Paradise Garage. Vieram de Vénus e aterraram, com o propósito de destruir cidades, retalhar milhares à sua passagem. Traziam mandato para fazer a primeira parte dos californianos FU MANCHU. E fizeram. Tão bem ou tão mal, que terminado o seu gig, os FU MANCHU, de créditos firmados na prvalientthorr_immortalizer500aça, pareciam estar a mais. Os VALIENT THORR, tinham enchido, e de que forma, as medidas de todos quantos estavam no Paradise. Para estes foi de facto o paraíso. Uma torrente incandescente de Rock’n’Roll muito suado, vindo da alma, vindo do corpo, de alguém que ama o que faz, como se disso dependesse a sua vida.
Ao que parece a 2 de Julho vão voltar, desta vez ao Musicbox. Temo que o palco desta sala seja pequeno para tão grande banda. Caramba, ficam com tão pouco para destruir!
Vêm apresentar o seu último album: IMMORTALIZER.
Os VALIENT THORR, são acima de tudo uma banda bem disposta e disposta a transpirar as estopinhas pela causa. É disso que o meu povo gosta: um outro Moisés, com outros mandamentos. O meu povo, aquele que se empurra e esgadanha para chegar perto do palco. O meu povo que bebe enquanto dança descontrolado e se estatela no chão inundado de cerveja.
Os fiéis devem estar no Musicbox no dia 2 de Julho.
Eu vou tentar trazer-vos imagens do que se passar por lá.
See ya!
clicar para ampliar imagens

They are all stars!

Originally posted 2018-06-27 08:32:04.

Faz hoje 8 dias, estive mais uma vez na Zé dos Bois. Fui ver, ouvir e fotografar, os portugueses “The Allstar Project” e “Bypass”. Ouvir, tenho ouvido na hi-fi cá de casa, porque adquiri há tempos o seu primeiro disco, os Allstar. Visto e fotografado ainda não, sendo certo que dos “Bypass” nem noticia tinha. Ok, sou um indivíduo desinformado, é certo, mas quase sempre por convicção. Não quero estar informado. Detesto informação, sobretudo a que me querem dar os jornais, TV e rádio cá do burgo. A informação transmite-me medo, ódio, terror, destruição, para já não falar das tropelias governamentais e da politiquice de sarjeta dos nossos “amados” “políticos”, que fazem os da antiga Grécia dar voltas na tumba. Acresce que passo muito melhor sem esse tipo de preocupações e escândalos. A teoria, que não é nova, é a de que “aquilo que não, sei não me preocupa”.
Dito isto e avançando na prosa, lá fui até à ZDB de mochila às costas. Os que conhecem o local sabem que se pode passar ali um bom bocado, apesar de ser desconfortável. É desconfortável e os empregados julgo até que são antipáticos, mas não tenho a certeza, por isso não levem em consideração estas palavras, porventura a despropósito. Estejam apenas atentos se por lá passarem…
Depois de trocar uma curtas palavras com o “Sawyer”, guitarrista do Allstar, penetrei no breu da sala de espectáculos que, cuidei eu, mal, que com o início do concerto se iluminasse um pouco mais. Pensamento estúpido, claro. Não só o ambiente não clareou, como se tornou ainda mais sombrio. Apesar da falta de luz poder ser propositada, ideia que mais tarde amenizei um pouco ao ouvir os músicos pedir mais luz, o facto é que não tinha qualquer tipo de estética subjacente: a luz da ZDB é aquela e mais nenhuma, e portanto, não teve piada.
Já do som que se ia ouvindo não pode dizer-se o mesmo. Gosto efectivamente do grupo, que foi destilando o seu som, lúgubre, impulsivo, denso, melódico e meio agridoce, por entre os aplausos e incentivos dos presentes. E eu lá ia empregando todo o meu saber, salvo quando não me esquecia, para fazer o meu melhor, em regra sem luz suficiente sequer para que o foco automático da câmara funcionasse. E o manual também não, porque nem eu próprio percebia quando é que havia foco. Malta, não é má ideia de vez em quando pensar nos fotógrafos! Vá lá, sejam gentis! Hã?
Bom, o concerto, pelo lado da música e da atitude da banda, foi excelente, com direito a “encore” e tudo. Enfim, pessoal de Leiria que ouve Jeff Buckley (recomendo também o pai, Tim Buckley), Nick Drake, Syd Barret ou mesmo Ennio Morricone, só pode executar boa música.
Interregno para mudar o palco e chegaram, em maior número e, porventura, já com mais tempo Bypassna ribalta, os “Bypass”. Nunca (sou desinformado) tinha ouvido, visto, ou sequer fotografado os By. Foram uma agradável surpresa. Rock denso e texturado, com a curiosidade de alguns instrumentos serem perfeitamente artesanais e feitos por eles próprios!!!
A luz em palco, para os efeitos que eu pretendia, melhorou um pouco e lá fui batendo chapas, à procura do melhor ângulo ou enquadramento, o que não me impediu de trabalhar com velocidades de obturador até 2 segundos!
Gostei do que ouvi e fiquei curioso em descobrir algo mais sobre a banda, até porque quem ouve Frank Zappa, Buddy Guy, John Spencer Blues Explosion ou ZZ Top, tem o meu respeito e aquilo que faça, salvo grande azelhice, só pode ser bom.
Enfim dois bons momentos na ZDB, em que todos foram estrelas.
Noite terminada, cama com ele!
Espero que apreciem as fotos.

(Já sabem, clicar nas fotos para aceder à Galeria.)