O Jorge morreu!

Originally posted 2015-02-04 00:15:30.

UHF - Jorge morreuVivia eu, juntamente com um número indeterminado de outros seres, em pleno Bairro Alto lisboeta, numa habitação a que chamavam pensão, quando um dia, de uma telefonia sem fios, de um quarto contíguo, me chegou o som abafado de “Cavalos de Corrida”, dos UHF. Assim acordado e de forma estremunhada, elevei o torso e apoie os cotovelos no colchão que ocupava na parte inferior do beliche, olhando fixamente para a porta dupla, alta, creme e suja, que dividia os meus parcos aposentos dos de onde provinha o som. Apanhei como que um KO matinal. Como se tendo estado a dormir, tivesse acordado e, sem mais, um directo de esquerda me colocasse de novo em hibernação. Que raio era aquilo?
Fui para o banho à socapa. Naquela altura, tinha já ultrapassado o limite máximo de dois banhos semanais, tal como o contrato verbal estabelecido entre os moradores e a proprietária estabelecia. Podíamos, no entanto, lavar tudo todos os dias: “as partes” e os pés e os sovacos. Mas, banhos completos, só duas vezes por semana. Tinha acabado de entrar. Debaixo do chuveiro, de chinelos a cautela, não fosse apanhar um valente “pé de atleta”, a água quente sabia bem. Era Outono ou Inverno e a capital estava fria. A casa estava fria. E a água acabou, como em tantas outras vezes, por ficar fria. A senhora de óculos, gorda e porca, apercebeu-se da minha violação contratual e desligou o esquentador, a meio daquele primeiro prazer do dia. Lá acabei a molha ao frio e com as partes recolhidas. O banho frio tem as suas virtudes. Retira a erecção matinal e qualquer intenção de a recuperar a meio da lavagem.
Descendo até ao Camões e por aí adiante até à Rua do Carmo, entro na Valentim de Carvalho e lá estavam eles, os cavalos de corrida. Fiquei contente por cá já termos aqueles cavalos. Já era tempo de alguém produzir alguma coisa de jeito. Mais coisas haveriam de surgir, e a avidez das editoras havia de tentar transformar merda em ouro a toda a força. Felizmente poucas vezes o conseguiram e o que era ouro, ouro ficou.
Sem estéreo ou outra coisa que reproduzisse vinil nunca cheguei a cavalgar aqueles cavalos. Mas as minhas investigações haviam de conduzir-me, mais tarde, ao primeiro registo dos UHF, altura em que, aliás, fiquei a saber que o Jorge tinha falecido, porque eles próprios mo comunicaram:
O “Jorge morreu”! Estávamos em 1979.

They did it fast and loud!

Originally posted 2015-02-04 00:15:22.

DRAKKAR + ARENTIUS + SACRACY OF BLOOD NO TRANSMISSION BAR

Por cinco euros, quem quis esteve no TRANSMISSION BAR, no dia 9 de Outubro, para ver e ouvir: SACRACY OF BLOOD, ARENTIUS e DRAKKAR! Todas bandas nacionais que lutam por um lugar ao sol do metal old school, neste caso com um evento promovido pela recém nascida HEAD ALLIANCE.
Dos DRAKKAR já vocês ouviram (e viram) por aqui falar. Nada, contudo, dos SACRACY OF BLOOD e ARENTIUS. O evento estava subordinado ao mote WE DO IT FAST AND LOUD. Nenhuma das bandas deixou que o mote fosse letra morta.
Os S.O.B abriram a noite. Têm óptimas influência e estão apostados em fazer renascer o metal. Não os censuro. Pelo contrário, com tanta gente a enterrá-lo em troca de géneros derivados vindos da Escandinávia e outros que tais, com as rádios a dar ouvido quase unicamente ao pop rock, mais pop, é de louvar que tantos e de tantas formas tentem trazer de volta a velha escola.
ARENTIUS foram mais um arauto com grande presença em palco e um som a condizer. Metal até ao osso!
Por fim, chegaram os DRAKKAR, rapazes com mais alguns créditos no mercado e mais rodados, com um espectáculo muito bom, e instrumentistas muito dotados, digo eu.
Uns e outros DID IT FAST AND LOUD! Hell yeah!
Por aqui, agora, interessam as fotos.
Por isso elas aí ficam. Basta clicar nas respectivas e acedem à galeria.
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See ya!

 

They did it fast and loud!

Os Lábios

OS LÁBIOS no São Jorge

OS LÁBIOS começam a rodar depois de terem deixado atrás de si um rasto de brilho como THE PROFILERS. Ainda não há disco novo. Ou melhor disco de OS LÁBIOS não há mesmo. Só quem tem assistido aos “live gigs” tem tido o privilégio de ouvir os novos temas e alguns outros vestidos de lavado. Da forma como eu vejo a coisa, os concertos são uma boa oportunidade para vender discos ou então só para aguçar o apetite.

D-A-D ICE BASS aquece Campo Pequeno

Originally posted 2015-02-04 00:12:55.

ALCOOLÉMIA + GUN +D-A-D, CAMPO PEQUENO, LISBOA

Sexta-feira passada, dia 6, o Campo Pequeno, conhecido pela sua mítica praça de touros, foi palco de um fantástico evento musical. O palco montado na praça de touros, sem ser grande, foi o suficiente para a actuação de três bandas: ALCCOLÉMIA, GUN e D-A-D. Portugal, Escócia e Dinamarca, por esta ordem, todos juntos para provar a universalidade da linguagem rock e o elo de união que pode constituir entre gente de várias nacionalidades.
Decidi que iria chegar às 21.00 à Praça de Touros. Nem sempre é fácil tomar uma decisão destas: a que horas chegar a um concerto… A razão é bastante simples e estúpida: percorrendo a www verificava-se que é anunciado mais do que um horário para o inicio dos concertos. No caso, ora era às 20.30 ora às 21.30! Como no meio é que está a virtude, cheguei às 21h, mais coisa menos coisa. Pelo que assim sendo, perdi o espectáculo dos ALCOOLÉMIA. Este capítulo encerra-se já aqui.
Entrado no recinto, ilustres colegas fotógrafos queixavam-se da luz: que era pouca, que vinha toda de traz, etc., etc. Logo a seguir tive a oportunidade de constatar isso mesmo, no concerto dos GUN. Já sabem que eu gosto de fotografar com flash! Nestes concertos não é, em regra, possível. Assim sendo lá fui batendo umas chapas para retratar o melhor possível os intervenientes. Não saí muito mal… acho eu!
Os GUN nunca foram uma das minhas bandas preferidas, mas deram excelente conta de si. Nos seus tampos áureos rodaram com os ROLLING STONES, BON JOVI e DEF LEPPARD. Morreram em 1997 e ressuscitaram em 2008, tendo a partir desta altura tocado em vários festivais e realizando tournées por sua conta. Chegaram a Portugal, onde os esperava uma legião de fãs que se deleitaram com a sua música, umas vezes mais rock outras mais pop, mas pronto, lá deram o litro e foram para dentro.
Ora o ponto alto da noite eram os D-A-D.
Os D-A-D são uma banda de Rock dinamarquesa anteriormente conhecida como DISNEYLAND AFTER DARK, um nome que teve de ser modificado depois de um processo ameaçador da Companhia Walt Disney. O seu estilo da música muitas vezes é categorizado como rock pesado melódico. Também usaram os nomes D.A.D., D•A•D e D:A:D, cada nome representando um período na história da banda.
Actualmente compõem a banda:
* Jesper Binzer – vocalista e guitarra eléctrica;
* Jacob Binzer – guitarra eléctrica;
* Stig Pedersen – guitarra baixo e coros;
* Laust Sonne – bateria e coros.
Apesar de alguns altos e baixos a banda tem mantido o seu status de COWPUNK band!
Têm em carteira uma série de êxitos, internacionalizando-se após o seu terceira longa duração No Fuel Left for the Pilgrims, onde ainda hoje estão as suas melhores malhas. Opinião cá do menino!
Durante a actuação dos D-A-D, a luz apareceu, a loucura apoderou-se das massas e o Campo foi pequeno para um concerto de cinco estrelas. Aliás, há já muito tempo que não assistia a um concerto que transmitisse tanto energia, onde houvesse tanta interacção com o público e fosse efectivamente memorável.
Dois encores para terminar e levar o povo até casa entoando It’s After Dark.
A maior curiosidade foi o baixo de Stig Pedersen: tem apenas duas cordas, às vezes três e é algo que eu, comum mortal nunca tinha visto. Ao que parece Stig descobriu nos anos 80 que ele só tocava as notas Mi e Lá. A partir daí entendeu que as outras cordas eram desnecessárias e começou ele próprio por projectar os seus baixos de duas ou três cordas, baseados na sua imaginação e ideias. O que apresentou no Campo pequeno tem um corpo transparente, com luzes azuis nas orlas e é duas cordas. Chamemos-lhe ICE BASS.  Enfim, um verdadeiro espectáculo.
Por último um agradecimento especial à REMEMBER MINDS e em especial ao António Gil, pelas facilidades concedidas.
Chega de conversa. Já sabem, clicar nas fotos (as do texto, não estas miniaturas que aparecem aqui em baixo) e ir para a galeria.
See ya!

Halloween, Inferno em Lisboa

Originally posted 2014-02-23 19:51:03.

A origem do halloween remonta às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., embora com marcadas diferenças em relação às atuais abóboras ou da famosa frase “Gostosuras ou travessuras”, exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração.
Originalmente, o halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de Outubro e 2 de Novembro e marcava o fim do verão (samhain significa literalmente “fim do verão” na língua celta).
O fim do verão era considerado como ano novo para os celtas. Era pois uma data sagrada uma vez que, durante este período, os celtas consideravam que o “véu” entre o mundo material e o mundo dos mortos (ancestrais) e dos deuses (mundo divino) ficava mais ténue.
O Samhain era comemorado por volta do dia 1 de Novembro, com alegria e homenagens aos que já partiram e aos deuses. Para os celtas, os deuses também eram seus ancestrais, os primeiros de toda árvore genealógica.
Fonte Wikipédia Continue reading “Halloween, Inferno em Lisboa”