Trás-os-Montes que eu levo a máquina!

Originally posted 2015-02-04 00:18:14.

caretos_podence-1522 de Fevereiro de 2009. 3 horas da manhã. Acordo ao som digital da minha praga móvel (leia-se telemóvel). Porquê? Eu próprio me colocava tal questão. Ensonado e ainda tentando reunir as forças suficientes para me levantar do leito quente e fazer-me ao frio da madrugada, começava a tornar-se claro na minha enevoada mente, que ia percorrer mais de 500 km para visitar e fotografar algumas das Festas de Inverno em Trás-os-Montes, porque a tal me havia comprometido com o JV. Na verdade não era qualquer festa, era a festa do carnaval, aquela de que se diz ninguém levar a mal. Do carnaval se diz ter começado por ser um “ período de festas regidas pelo ano lunar no Cristianismo da Idade Média… marcado pelo “adeus à carne” ou “carne vale” dando origem ao termo “Carnaval”. E adeus à carne porquê? Porque no período seguinte o cristianismo dita que se entra na Semana Santa a qual é, se bem se lembram, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma.
Ora esse longo período de afastamento dos prazeres da carne (não sei se de toda a carne) acabou por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. Tanta festividade leva-me a crer que a Quaresma não inclui a privação dos prazeres carnais, mas tão só da carne por oposição ao peixe. É uma teoria que eu cá tenho.
No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval passaram a incorporar os baile de máscaras e os carros alegóricos. Ora é aqui, ou melhor, ali, que bate o ponto: as máscaras!artesao_vila_boa_ousilhao
Quem conhece os festejos carnavalescos de Trás-os-Montes, sabe que há por lá muito CARETO. A nossa missão, já adivinharam, era fotografar CARETOS no seu habitat natural, quais David Attenborough, em busca do que é verdadeiramente português. Na rota estavam: PODENCE, VILA BOA DE OUSILHÃO e para a paisagem, MONTESINHO e respectivo PARQUE NATURAL e S. JUMIL.
A viagem ia ser dura – pensava eu com os meus botões, perdão, fecho eclair. Contudo, entre conversa e o FMI do José Mário Branco lá fomos estrada fora, à procura de PODENCE e da Posta à Mirandesa.
Curiosamente sempre detestei o Carnaval! No entanto, aquilo a que íamos não era um Carnaval qualquer. E não é. Não obstante, o primeiro dia, PODENCE, que tem a Casa do Careto e um pequeno museu dedicado ao dito, não foi uma boa experiência para mim. Acho que foi do jet lag!!! As coisas acabaram por tomar o seu curso normal e reconheço que acabámos por nos divertir e fazer uns bonecos engraçados: os artesãos, as máscaras, os nativos e as suas histórias de guerra e de outra índole, a sandes de presunto que sempre acabámos por comer, graças ao jovem Presidente da Junta de freguesia de Vila Boa de Ousilhão, Rui Madureira, a quem agradeço a gentileza e à família que nos acolheu, com as melhores iguarias da terra, em mesa farta de tudo, incluindo um belíssimo vinho e ainda a paisagem de Montesinho, com cavalos e tudo. Bem, burros também havia.
Por aqui ficam as fotos a testemunhar a presença destes temerários e intrépidos fotógrafos, que correm por prazer este mundo e o outro se for necessário e lá houver algo para gravar em película ou CCD. É só clicar nas fotos ou nas palavras a negrito para aceder às fotos.

D3O

d3ö ao vivo no Festival Mêda+

Os d3ö são das minhas bandas preferidas. No Festival Mêda+, dia 17.07, deram um espetáculo e tanto, Além das fotografias que podem ver aqui fiz dois vídeos do concerto. Um deles diz respeito à última das canções, durante a qual o público teve larga participação, subiu ao palco, expressou-se fruto da excitação do momento ou da bebedeira que muitos já traziam…