À lei da Balla!

Originally posted 2015-02-04 00:12:05.

À lei da Balla!Os Alunos da Imagem tinham um encontro no BAIRRO ALTO para fotografar, seguido de jantar no “Antigo 1º de Maio”, para depois, alguns irem até Corroios para continuar na senda da fotografia, mas desta vez de espectáculo. Decorria a 3ª sessão do XII Festival de Música Moderna de Corroios. Actuavam os Dioz (diose), The Wage (de uage) e, como convidados, Balla (bala).
À hora marcada lá foram chegando os “alunos” de mochila às costas ou saco ao ombro, qualquer um carregando o equipamento de muitas horas de prazer.
O ponto de encontro foi o Miradouro de S. Pedro de Alcântara, alvo de obras de reabilitação, digo eu, cujo termo, naturalmente se desconhece, à boa maneira portuguesa. Ou então, sendo conhecido, é meramente indicativo, podendo haver uma “ligeira” dilação entre um e vários anos.
Iniciamos a tarde tomando algo no café em frente, a cuja porta se encontrava um engraxador com roupas que já viram melhores dias e óculos de lentes retiradas do fundo de garrafa de um tinto qualquer. À primeira vista todos julgariam ser um individuo iletrado ou, pelo menos, padecendo de forte iliteracia. Daí a surpresa ao vê-lo sacar de um livro de folhas acastanhadas, gasto, rasgado nalgumas páginas, e iniciar uma leitura à distancia de não mais do que cinco centímetros dos olhos e a muito menos da ponta do seu nariz de tez avermelhada. Iniciou uma leitura em que aquele órgão do sistema respiratório desempenhava um papel de extrema importância, pelo que me foi dado perceber, e que era o de indicar o sentido da leitura: da esquerda para a direita e regresso à posição inicial para nova linha, tal qual o carro de uma Remington do século XIX, voando de um lado para o outro, ao sabor das ideias de um balzaquiano qualquer. Contudo, penso que apesar de seu vetusto aspecto, o livro devia ser de “última geração” e conter já uma outra propriedade, a qual seja, a de emanar os aromas dos locais onde se desenrolava a acção. Mas as surpresas não se ficaram por aí e mais espantado fiquei ao aperceber-me da consciência cívica daquele engraxador, de tal forma sensibilizado para a defesa do meio ambiente e para a necessidade de reciclagem dos desperdícios, que, depois de lidas as duas faces da mesma página, a arrancou do livro e a levou às fossas nasais assoando-se demoradamente.
Café tomado, iríamos então Bairro Alto dentro, tentando dele captar o que de mais belo ou típico o bairro oferecesse. E se não fosse assim, pelo menos o convívio e as dicas de uns para outros, de como se faz ou se deve fazer, para que “aquela” foto seja uma obra com interesse, esses ficariam.
Percorremos o bairro e descemos até ao Alto de Santa Catarina e entabulámos conversa com um transeunte que por ali passava. Aliás, o “J” já o fizera vários vezes no Bairro com as senhoras que permanecem longos períodos à janela, olhando o curto horizonte que vai de seu edifício ao outro lado da rua, resignadas ao seu também já curto tempo de vida, a julgar pelas estatísticas.
E por ali fomos batendo chapa atrás de chapa, exultando ou nem tanto, com os resultados do último disparo.
Proclamava-se já “fome”, “fome” e alguém questionava “quando comemos?”. O jantar estava marcado para as 19.30. À hora certa lá estávamos, que o gerente não é de esperas e se os comensais não se apresentam à hora certa, vai de sentar outros à mesa. Larga maioria aderiu aos filetes de peixe galo, em tempos recomendados pelo “A”, regados com um bom tinto. Sim, que o vinho é tinto.
Apesar da merenda comida a companhia não se desfez e rumámos, os que quiseram, à festa do rock’n’roll.
Por entre os presentes, poucos, vagueava um individuo de mala de cartão e óculos escuros. “Quem seria a personagem”, perguntamo-nos? Algum espectador alucinado ou um roqueiro desvairado, não interessava. Estes acontecimentos são ricos em figuras invulgares.
Depois da “C” fazer a apresentação das bandas concorrentes e dos convidados, subiram ao palco os DIOZ e verificámos que o personagem era o vocalista da banda, que se auto-intitula de “Piaf”. Certo! Tocaram as quatros músicas da praxe, com aquele “front-man” que deu vida aos temas com a sua coreografia e com a garra com que o fez. Uma boa actuação, foi o saldo final.
De seguida vieram os THE WAGE, mas com menos atitude e temas a revelar a necessidade de algum trabalho. Sendo assim, o meu voto foi para aos Dioz.
Muda instrumentos, faz sound check e entram em palco os BALLA. Malta já mais habituada aos palcos, com alguma rodagem e um som muito certinho, que cativou os presentes e os obrigou a bambolear-se de um lado para o outro, como se o som fosse um vento forte que os compelia a tentar manter a verticalidade da sua posição. Um espectáculo com melhor luz e ainda por cima um coro feminino, do qual considero um dos elementos muito sexy.
E nós por ali fomos andando de um lado para o outro, tentando obter o melhor ângulo e o menor número possível de fotos a contraluz. Elas estão na Galeria para prova disso mesmo.
No final ficou o sentimento de que aquela sessão do festival tinha sido dominada à “lei da Balla”!

XV Festival de Corroios: muito para poucos!

Originally posted 2014-12-12 16:54:18.

OS CACTOS + THE HYPERS + MILLION DOLLAR LIPS

Ontem decorreu a 3ª sessão do XV Festival de Música Moderna de Corroios, por sinal a primeira a que eu fui este ano.
Em palco estiveram os concorrentes OS CACTOS (excelente porque ficam aqui no Planeta dos Catos), THE HYPERS e os convidados outrora concorrentes MILLION DOLLAR LIPS.
Ou pela oferta ou por outra razão qualquer as Ginásio Clube de Corroios estava quase vazio, o que foi pena porque qualquer das bandas, cada uma defendendo o seu género, estiveram muito bem em palco.
Pessoalmente gostei dos THE HYPERS: rock’n’roll da velha guarda com balanço e decibéis. Os CACTOS são um projecto interessante, mas só me faziam lembrar e nem sei porquê o rock alemão dos anos 70. Mas gostei, muito interessantes. Têm até, digo, boas probabilidades de estar na final. On verra! Os LIPS são mais do
pop electrónico. Teclas, bateria eléctrica, uma guitarra. Mesmo assim, para mim que sou fã do bom velho rock’n’roll, gostei de os ouvir, tanto mais que o vocalista atirou um grande “vão-se foder” a todos aqueles que perfilham a ideia de que as bandas portuguesas devem cantar na língua de Camões. Foi simpático!
Eu lá estive de máquina emprestada e com flash incorporado, porque o outro não resistiu a tantos encontrões, moshes e outras tropelias de tantos concertos ter fotografado e está morto. Havia mais fotógrafos, incluindo os de uma qualquer escola de fotografia. Ainda cá fora ouvi curioso as dicas que o acompanhante daqueles alunos dava para fotografarem o espectáculo. Dicas e ensinamentos que também eu já ouvi: ISO elevado, cara focada, não usar flash, etc., etc. No fundo são as
regras. Também eu as observo… raramente. Tomei o gosto ao flash, aos corpos arrastados, às manchas, à pintura!
Eles lá andaram na sua tarefa e decerto obtiveram fotos muito boas. Eu, pelo contrário, é o que se vê.
Ficam na secção Rock’n’Roll Circus do meu site www.arlindopinto.com. Clicam nas fotos acima e já está!
Em Corroios a música foi muita, mas para poucos…
Na próxima semana estaremos outra vez no ginásio, até porque vão lá estar os DAPUNKSPORTIF… Olarilas!
Stay clean!

THE HYPERS vencem Corroios 2010

Originally posted 2014-02-23 19:51:19.

THE AMAZING FLYING PONY + UANINAUEI + THE HYPERS + PEIXE:AVIÃO, Corroios, 27.03.2010

A mim só não me sai o totoloto ou o euro milhões porque não jogo. Jogara eu e estaria podre de rico… ou só podre, pronto. Mas podre eu estava.
Ora, isto porquê, perguntam vocês. Porque eu sou bruxo! Tenho um dedo que adivinha e que também faz outras coisas, sou sincero. E quem a diz a verdade não merece castigo. Ora, vem isto a propósito de… ah, sim, já me lembro: XV Festival de Música Moderna de Corroios.
Este ano só estive em duas eliminatórias e na final, pelo que assim sendo, só me posso pronunciar sobre o que vi, ouvi e fotografei. Pois bem, assim sendo, e como não estive na eliminatória ganha pelos AMAZING FLYING PONY (adorava ter um), o tal meu dedo já me tinha dito que na final estavam certinhos THE HYPERS e que os UANINAUEI (digam em inglês: one in a way) estavam com um pé lá e outro a caminho. Quem ganharia? Hum! Bem, quem está por dentro do meio sabe: THE HYPERS têm dado brado: os moços põem muito empenho naquilo que fazem, fazem-no bem e à boa velha maneira do Rock’n’Roll. Por aí, para mim já estavam a amealhar pontos. Mas como o júri é quem manda, então que mande. E mandou! Mandou que a XV edição do festival de Corroios, fosse vencida, guess what, pelos… THE HYPERS. E mais: o júri do concurso da mesma índole de Setúbal mandou, na mesma noite, a mesma coisa: ganhem THE HYPERS. E foi assim, como mais tarde um dia os anais do rock luso hão-de dizer, que THE HYPERS venceram dois concursos na mesma noite! Isto é orgásmico e faz dos HYPERS um fenómeno à escala intergaláctica, uma vez que não consta que em qualquer outra galáxia a mesma banda tivesse ganho dois concursos roqueiros na mesma noite e fosse ela um power trio armado até aos dentes de electricidade (devem ter uma conta da EDP, upa, upa).
Mas os restantes projectos não ficam atrás e por alguma razão estiveram na final. Mas nestas coisas só há um prémio e pronto. No entanto, o segundo lugar de Corroios, já deu excelentes frutos que rolam por aí. Por isso, malta de Coimbra e de Évora, é continuar a dar-lhe e enquanto o ferro está quente (por falar em ferro, já uns tempos que não vejo os FERRO & FOGO).
Os AMAZING FLYING PONY são de terra de boas colheitas: Coimbra! No fado como no rock, parece que a cidade continua a ser de tradição. Coimbra tem dado à música nacional grandes projectos. Os PONY têm uma vocalista giríssima e ainda por cima têm um som bom, bom! Gostei e recomendo.
Os (digam em inglês: one in a way) UANINAUEI misturam géneros, cantam em português e, para alentejanos, não me parecem nada lentos. Ao contrário, dão-lhe com “speed”: um turbo de 4 vias (Isto existe? As 4 vias. É uma metáfora, sei lá: quatro músicos, quatro vias.). Gostei deles.
Vão até ao myspace das bandas e inteirem-se do som! Vão ver que vale a pena.
Os PEIXE:AVIÃO encerraram a noite. Foram os convidados de honra da final e soam de forma mais estranha.
As fotos estão no álbum do festival, devidamente actualizado.
Nota final, para uma certa tristeza que este ano se apoderou do festival. Foi igual aos outros, até com melhor imagem, mas faltou público e alegria e nem sei porquê. Muita oferta? Não sei! Espero que o festival continue a dar à luz novos projectos e continue um marco de divulgação cultural, virado para juventude e para o futuro.
Até para o ano (?)

XIV FMM de CORROIOS IV

Originally posted 2013-09-07 00:41:16.

Finalmente!!! Aleluia, alguém viu a luz!

Começa a convencer-me que a XIV edição do Festival de Música Moderna de Corroios terminava sem que se ouvisse a pujança do bom velho Rock’n’Roll. No momento em que escrevo estas linhas não sei quem irá estar na final do próximo Sábado, mas se os HOT LIMOUSINE não estiverem lá, “algo vai mal no reino da Dinamarca”, digo eu.
Contudo, quero chamar a vossa atenção para o facto de que as minhas opiniões, como mero amante do Rock’n’Roll não coincidem, naturalmente com as de todos os outros que por ali têm passado, e portanto só a mim vinculam e nada têm que ver com o mérito intrínseco de cada um dos projectos musicais ali apresentado.
Com sinceridade vos digo, no entanto, que os HOT LIMOUSINE foram a única banda que me encheu as medidas, sem desmerecer de todas as outras concorrentes, aliás, a generalidade delas com projectos interessantes. Estou a lembrar-me dos, PUNY, ICONOCLASTS e FATO FETO.
Os LIMOUSINE apresentaram um rock musculado, com batidas que se sentem no peito e com ritmo quase alucinante. Nesta última sessão, marcaram também presença os FATO FETO. Cantando em português, conseguem mesclar na perfeição o seu som com a língua de Camões e creio que merecem estar na final.
Dito isto, faço uma pausa na escrita e vou até ao sítio do festival e vejo como finalistas:
MONEY MAKERS, ICONOCLASTS e FATO FETO.
Bom, ao que aprece o júri ou a assistência, interessou-se mais por projectos que estão mais na onda actual do POP/ROCK e deixou de fora os HOT LIMOUSINE. Ok! O facto é que estes putos, a continuarem com o profissionalismo que demonstraram em Corroios têm boas hipóteses de singrar no mundo da música.
Dito isto, vamos Sábado saber quem vence. Por mim, tendo em conta o trio eleito, venciam os FATO FETO.
As fotos estão no álbum do XIV FMM de CORROIOS.
See ya!

THE CYNICALS

Cinismo sem espinhas

Aqui ficam as fotos da final do XII Festival de Música Moderna de Corroios. O 1º prémio foi para os The Cynicals, que bem o mereceram. Depois deste corrupio com as fotos de Corroios, espero relaxar e voltar à escrita. Até porque vocês já têm saudades desses tempos(?)! Não tenham vergonha. Confessem que gostam de ler os meus textos, de autor impublicado e impublicável…

Dose tripla!

Originally posted 2018-12-13 20:06:36.

The Doll & The Puppets

Estão disponíveis as fotos da 4ª Sessão do XII Concurso de Música Moderna de Corroios, que decorreu no passado dia 17. Clique no nome da tripla de bandas que actuou naquela sessão, para aceder directamente às fotos constantes da Galeria. Foram elas os The Guys From The Caravan, The Doll & The Puppets e os convidados, Triplet.
As bandas podem pedir um CD com as fotos que será fornecido gratuitamente, ficando os portes à sua responsabilidade, naturalmente. Se as usarem publicamente só têm de mencionar claramente o seu autor, ou seja, eu!
Esta sessão foi marcada pelas mulheres! Isso mesmo, as miúdas arrasaram. Quer a “front woman” dos The Doll & The Puppets que, além de uma bela boneca é uma rapariga endiabrada. Acho mesmo que está possuída pelo demónio. A vocalista dos Triplet não lhe fica atrás e, além de bonita, tem uma rica voz. Oh se tem!
Like I said before: “rock’n’roll free your soul!” So, let’s do it, damn!

XII FESTIVAL DE MÚSICA MODERNA DE CORROIOS