I DIDN’T KILL ROCK’N’ROLL

Originally posted 2015-02-04 00:17:35.

Cinismo de Coimbra, lança suspeitas em Corroios

Tal como prometido, no dia 1 deste mês lá rumei a Corroios para o concerto de lançamento do primeiro disco da banda de Coimbra THE CYNICALS, que no ano passado venceu o XII Concurso de Música Moderna de Corroios, que segundo se diz, é outra música!
Apesar de atrasado, creio mais de uma hora, a função teve inicio, não sem que primeiro fosse até ao camarim cumprimentar a banda, de quem gosto de pensar ser amigo e, de certeza, ouvinte assíduo. Sim, meus caros, não padeço do provincianismo de alguns que entendem que por cá nada se faz que valha a pena.
O concerto, mais café-concerto a bem dizer, apresentava um disco que levanta suspeitas sobre todos nós, ou melhor, vós, uma vez que eu não fui, e que tem na voz um brilhante moço, agora já fora do baralho.
Explicando e começando pelo fim. Quem teve oportunidade de ver os THE CYNICALS durante o festival e ainda este ano no encerramento do festival 2008, viu à frente de um leque de bons músicos, um “frontman” que dá pelo nome de João Macias! Um animal de palco… No inicio deste ano, os THE CYNICALS anunciaram no seu MySpace a saída de Macias da banda. Honestamente vos digo que me entristeceu a notícia.
No dia 1 confirmei que a minha tristeza tinha algum fundamento. A banda continua a mesma, é certo, tem muito bons executantes, a começar pelo José Rebola, com o projecto paralelo, ANAQUIM, que neste momento faz as despesas da vocalização dos temas da banda e tem canções muito boas, mas precisa urgentemente de encontrar macho ou fêmea, que se coloque à frente deles e que sue cada canção com alma e coração, como exige o Rock’n’Roll. Cínicos precisam-se e o Luís Duarte, teclista, teve oportunidade de certeiramente afirmar que o concerto do dia 1 encerrou um ciclo da banda. Estou certo que THE CYNICALS vão em breve encontrar quem coloque as hostes em alvoroço…
Agora, suspeitas: “I DIDN’T KILL ROCK’N’ROLL (SO IT MUST HAVE BEEN YOU!)“. Eu já afirmei não ter sido. Daqueles que me lêem busquem no vosso interior e pensem: “Terei sido eu?” a pergunta fica e acho que muitos de vocês têm culpas no cartório. Quem esperava ver neste primeiro registo dos cínicos de Coimbra, temas tão badalados como “On Sundays” ou “Emily Rose”, pode à primeira vista ficar desiludido, porque ficaram de fora, por razões que só Deus e os THE CYNICALS conhecem.
No entanto, o disco está muito bem urdido e não fica atrás de nada ou ninguém. É um disco tocado a NITRO. É rock’n’roll. É bom!
Além do mais tem no seu interior fotos de um leque de fotógrafos invejável: Fábio Teixeira, Rui Velindro, Arlindo Pinto e José Frade.
Quanto ao concerto propriamente dito, para lá dos temas do disco, à excepção de Angel, terem soado muito bem, houve tempo para tudo: outras canções, substituição de cordas e intervalo logo a seguir ao primeiro tema (se não me engano), para alguém (o Carlos Santos), ir algures, desencantar um cabo para o baixo que se quedou mudo e dali só saiu com um novo.
Quanto a fotos, elas ficam na Galeria 70-200, no álbum do festival de 2007, o XII.
Coimbra é uma liçãoe os THE CYNICALS são de Coimbra. Que mais querem?
Vão comprar o disco.

Anjos e demónios

Originally posted 2015-02-04 00:16:47.

19 de Fevereiro de 2008

Resultados da votação do público

Tal como está definido no artº nono do regulamento, a votação do público tem um peso de 20% na selecção dos três projectos finalistas. Na primeira edição, os Anne Love Joy obtiveram 82 votos e os Anjo Cão 72 preferências.

18 de Fevereiro de 2008

Anjos e Demónios

Anne Love Joy e Anjo Cão abriram, Sábado às 22.30, o palco do Ginásio Clube na primeira sessão da XIII edição do Festival de Música Moderna de Corroios. A diversidade marcaria a noite num arranque com chave de Ouro. Porque se em palco os músicos se portaram como profissionais, o público ao aparecer em força, realçou o trabalho de todos. Apareceu gente da terra, assim como dos concelhos vizinhos ou mesmo de Lisboa. Menos expansivo que o público habitual dos Festivais, de notar que os músicos tocaram para quem realmente os queria ouvir, a prová-lo, o silencio quase total que por vezes se instalava. Verdadeiros amantes de música, até João Aguardela (ex-Sitiados e actual Megafone e A Naifa) marcou uma presença discreta mas atenta ao trabalho das bandas, enquanto se fundia com o público anónimo. As estrelas da noite eram os Almadenses Anne Love Joy e os Lisboetas Anjo Cão – revelaram variantes diferentes na música, atitude e objectivos – oferecendo-nos, por isso, uma noite surpreendente e recheada qual bombom suíço.

A primeira banda a actuar – Anne Love Joy – causou-nos a estranha sensação de viajar no tempo. Estaríamos em Corroios ou algures num clube dos subúrbios da Nova Iorque do final dos anos 70? Helga, a vocalista, de look punk/rocker a fazer lembrar a Madonna dos primeiros tempos – as pulseiras coloridas, a fita no cabelo ou mesmo os suspensórios – com direito a pulinhos joviais e despretensiosos. David, o guitarrista tinha-nos avisado “ela costuma dançar muito durante os espectáculos”.É ele que liga a dupla à terra acompanhando a batida tecnho com as suas guitarras eléctricas. Assim, mergulhamos em Manchester, ou como lhe chamaram nos loucos anos 80 “Mad Chester”, a lembrar os Happy Mondays ou New Order. Ficámos a saber que Anne Love Joy foi uma das impostoras mais famosas do mundo. Na noite de Sábado, a banda que escolheu um nome icónico para se apresentar ao público, deixou bem claro que a música é uma linguagem universal e isso é audível sob uma batida techno onde povoam mil e uma referências musicais. Até a voz de Helga nos momentos mais intensos assemelhava-se ao registo de uma Diva negra da Motown. Podemos dizer que estão bem longe de ser uma farsa!

Logo depois ecoava poesia pura na língua de Camões. Anjo Cão gostam pouco de falar do que são enquanto banda. Guardam a energia vibrante do bom Rock n’ Roll à antiga para o palco. Se por um lado, os Anne Love Joy fizeram a festa usando e abusando das novas tecnologias a favor de uma actuação cujo objectivo era fazer as pessoas dançar, a banda de Lisboa, deixou-nos literalmente aterrados com os pés no chão. E se às vezes as palmas custavam a romper não era por falta de interesse, mas era difícil para o público recuperar daquela dose industrial de rock cavernoso e visceral. Antes do concerto o vocalista vagueava para onde o levavam, de olhos colados ao chão, note-se tom azul gélido a antítese do que seriam na noite de estreia em Corroios. Provavelmente estava a preparar-se para um processo de exorcismo público. Os demónios tinham dia e hora marcada e surgiram em palco ao serviço dos Anjo Cão. Um registo de voz grave – e embora não assumam, as primeiras impressões foram inevitavelmente para uma sonoridade semelhante a Mão Morta – é fantástico saber que nem todas as influencias musicais têm de vir de fora. Um rock estridente a contrastar com a atitude compenetrada dos músicos e a aparente contenção do “front man” que lutava permanentemente entre anjos e demónios.

Por fim, os cabeça de Cartaz, Plastica. O passado da banda de Almada há muito que está intimamente ligado ao Festival e por isso estiveram a tocar em casa. Apresentaram músicas dos 3 Cds e passaram ao lado dos singles orelhudos – “Sleep All Day” ou “Around”. Houve ainda tempo para a versão de “Two Hearts” que ultimamente temos ouvido na versão mais Cabaret Rock de Kylie Minogue e uns pozinhos de “pirlimpimpim” para cair nas boas graças da MTV. Ao vivo o colectivo é francamente mais rock e menos psicadélico. Experimentaram ao vivo alguns temas que vão começar a gravar esta semana. Miguel Fonseca, o vocalista, revelou em primeira mão que a banda entra em estúdio na Segunda-Feira para a gravação do sucessor de “Kaleidoscope”.Não deixa de ser interessante que menos de uma hora antes os Plastica tocaram na Cova de Piedade, voaram até Corroios, entraram em palco a horas e enquanto o guitarrista Pedro Galhoz elogiava o poster de promoção da primeira noite do Festival, o baterista Rui Berton ainda embalado pelo espectáculo anterior confidenciava no backstage que nem teve tempo para tomar um banho “estou a cheirar a cavalo”. Mas o rock n’ roll é mesmo assim suado e apaixonado e nisso a primeira sessão do Festival de Corroios foi pródiga!

Texto: Claudia Matos Silva
Fotos: Arlindo Pinto

Fonte: XIII Festival de Música Moderna de Corroios

For those about to win, we salute you!

Originally posted 2015-02-04 00:15:24.

Por aqui tenho andado no afã editar e colocar on-line as fotos das sessões que vão decorrendo em Corroios e relativas ao XII Concurso de Música Moderna. Religiosamente tenho lá estado Sábado após Sábado, juntando duas das coisas que mais me agradam: rock’n’roll e fotografia.
Hoje publicam-se as relativas à sessão do dia 24 de Março. Esta sessão teve a particularidade de ter presentes duas das bandas que haviam de ir à final: os Skalibans e os Cynicals. Foi a sessão mais concorrida, acima de tudo à conta da claque que os Skalibans trouxeram da Madeira, que viu nascer, se não estou em erro, o seu baixista. Aliás, deve ter sido a única sessão onde foram avistados alguns seres com idade superior aos 50 anos! Mas, parece que os madeirenses adivinhavam que os seus conterrâneos iriam iniciar ali o caminho para a final. Áqueles finalistas, juntaram-se The Doll & The Puppets, da sessão de 17 de Março.
A final decorre no próximo Sábado, dia 31, e vamos ver quem vai sair vencedor da contenda. Contenda é uma forma de dizer. Trata-se, acima de tudo, da festa da música com grande interacção entre as bandas e o público e confraternização entre os elementos das diversas bandas a concurso. A música, sobretudo o rock, sempre teve a peculiaridade de conseguir reunir numa espécie de alma colectiva todos aqueles a quem o género diz alguma coisa. É assim nos festivais, é assim nestes concursos, é também assim nos concertos isolados.
Bom, chega de conversa e vamos às fotos:

XII FESTIVAL DE MÚSICA MODERNA DE CORROIOS

À lei da Balla!

Originally posted 2015-02-04 00:12:05.

À lei da Balla!Os Alunos da Imagem tinham um encontro no BAIRRO ALTO para fotografar, seguido de jantar no “Antigo 1º de Maio”, para depois, alguns irem até Corroios para continuar na senda da fotografia, mas desta vez de espectáculo. Decorria a 3ª sessão do XII Festival de Música Moderna de Corroios. Actuavam os Dioz (diose), The Wage (de uage) e, como convidados, Balla (bala).
À hora marcada lá foram chegando os “alunos” de mochila às costas ou saco ao ombro, qualquer um carregando o equipamento de muitas horas de prazer.
O ponto de encontro foi o Miradouro de S. Pedro de Alcântara, alvo de obras de reabilitação, digo eu, cujo termo, naturalmente se desconhece, à boa maneira portuguesa. Ou então, sendo conhecido, é meramente indicativo, podendo haver uma “ligeira” dilação entre um e vários anos.
Iniciamos a tarde tomando algo no café em frente, a cuja porta se encontrava um engraxador com roupas que já viram melhores dias e óculos de lentes retiradas do fundo de garrafa de um tinto qualquer. À primeira vista todos julgariam ser um individuo iletrado ou, pelo menos, padecendo de forte iliteracia. Daí a surpresa ao vê-lo sacar de um livro de folhas acastanhadas, gasto, rasgado nalgumas páginas, e iniciar uma leitura à distancia de não mais do que cinco centímetros dos olhos e a muito menos da ponta do seu nariz de tez avermelhada. Iniciou uma leitura em que aquele órgão do sistema respiratório desempenhava um papel de extrema importância, pelo que me foi dado perceber, e que era o de indicar o sentido da leitura: da esquerda para a direita e regresso à posição inicial para nova linha, tal qual o carro de uma Remington do século XIX, voando de um lado para o outro, ao sabor das ideias de um balzaquiano qualquer. Contudo, penso que apesar de seu vetusto aspecto, o livro devia ser de “última geração” e conter já uma outra propriedade, a qual seja, a de emanar os aromas dos locais onde se desenrolava a acção. Mas as surpresas não se ficaram por aí e mais espantado fiquei ao aperceber-me da consciência cívica daquele engraxador, de tal forma sensibilizado para a defesa do meio ambiente e para a necessidade de reciclagem dos desperdícios, que, depois de lidas as duas faces da mesma página, a arrancou do livro e a levou às fossas nasais assoando-se demoradamente.
Café tomado, iríamos então Bairro Alto dentro, tentando dele captar o que de mais belo ou típico o bairro oferecesse. E se não fosse assim, pelo menos o convívio e as dicas de uns para outros, de como se faz ou se deve fazer, para que “aquela” foto seja uma obra com interesse, esses ficariam.
Percorremos o bairro e descemos até ao Alto de Santa Catarina e entabulámos conversa com um transeunte que por ali passava. Aliás, o “J” já o fizera vários vezes no Bairro com as senhoras que permanecem longos períodos à janela, olhando o curto horizonte que vai de seu edifício ao outro lado da rua, resignadas ao seu também já curto tempo de vida, a julgar pelas estatísticas.
E por ali fomos batendo chapa atrás de chapa, exultando ou nem tanto, com os resultados do último disparo.
Proclamava-se já “fome”, “fome” e alguém questionava “quando comemos?”. O jantar estava marcado para as 19.30. À hora certa lá estávamos, que o gerente não é de esperas e se os comensais não se apresentam à hora certa, vai de sentar outros à mesa. Larga maioria aderiu aos filetes de peixe galo, em tempos recomendados pelo “A”, regados com um bom tinto. Sim, que o vinho é tinto.
Apesar da merenda comida a companhia não se desfez e rumámos, os que quiseram, à festa do rock’n’roll.
Por entre os presentes, poucos, vagueava um individuo de mala de cartão e óculos escuros. “Quem seria a personagem”, perguntamo-nos? Algum espectador alucinado ou um roqueiro desvairado, não interessava. Estes acontecimentos são ricos em figuras invulgares.
Depois da “C” fazer a apresentação das bandas concorrentes e dos convidados, subiram ao palco os DIOZ e verificámos que o personagem era o vocalista da banda, que se auto-intitula de “Piaf”. Certo! Tocaram as quatros músicas da praxe, com aquele “front-man” que deu vida aos temas com a sua coreografia e com a garra com que o fez. Uma boa actuação, foi o saldo final.
De seguida vieram os THE WAGE, mas com menos atitude e temas a revelar a necessidade de algum trabalho. Sendo assim, o meu voto foi para aos Dioz.
Muda instrumentos, faz sound check e entram em palco os BALLA. Malta já mais habituada aos palcos, com alguma rodagem e um som muito certinho, que cativou os presentes e os obrigou a bambolear-se de um lado para o outro, como se o som fosse um vento forte que os compelia a tentar manter a verticalidade da sua posição. Um espectáculo com melhor luz e ainda por cima um coro feminino, do qual considero um dos elementos muito sexy.
E nós por ali fomos andando de um lado para o outro, tentando obter o melhor ângulo e o menor número possível de fotos a contraluz. Elas estão na Galeria para prova disso mesmo.
No final ficou o sentimento de que aquela sessão do festival tinha sido dominada à “lei da Balla”!

XV Festival de Corroios: muito para poucos!

Originally posted 2014-12-12 16:54:18.

OS CACTOS + THE HYPERS + MILLION DOLLAR LIPS

Ontem decorreu a 3ª sessão do XV Festival de Música Moderna de Corroios, por sinal a primeira a que eu fui este ano.
Em palco estiveram os concorrentes OS CACTOS (excelente porque ficam aqui no Planeta dos Catos), THE HYPERS e os convidados outrora concorrentes MILLION DOLLAR LIPS.
Ou pela oferta ou por outra razão qualquer as Ginásio Clube de Corroios estava quase vazio, o que foi pena porque qualquer das bandas, cada uma defendendo o seu género, estiveram muito bem em palco.
Pessoalmente gostei dos THE HYPERS: rock’n’roll da velha guarda com balanço e decibéis. Os CACTOS são um projecto interessante, mas só me faziam lembrar e nem sei porquê o rock alemão dos anos 70. Mas gostei, muito interessantes. Têm até, digo, boas probabilidades de estar na final. On verra! Os LIPS são mais do
pop electrónico. Teclas, bateria eléctrica, uma guitarra. Mesmo assim, para mim que sou fã do bom velho rock’n’roll, gostei de os ouvir, tanto mais que o vocalista atirou um grande “vão-se foder” a todos aqueles que perfilham a ideia de que as bandas portuguesas devem cantar na língua de Camões. Foi simpático!
Eu lá estive de máquina emprestada e com flash incorporado, porque o outro não resistiu a tantos encontrões, moshes e outras tropelias de tantos concertos ter fotografado e está morto. Havia mais fotógrafos, incluindo os de uma qualquer escola de fotografia. Ainda cá fora ouvi curioso as dicas que o acompanhante daqueles alunos dava para fotografarem o espectáculo. Dicas e ensinamentos que também eu já ouvi: ISO elevado, cara focada, não usar flash, etc., etc. No fundo são as
regras. Também eu as observo… raramente. Tomei o gosto ao flash, aos corpos arrastados, às manchas, à pintura!
Eles lá andaram na sua tarefa e decerto obtiveram fotos muito boas. Eu, pelo contrário, é o que se vê.
Ficam na secção Rock’n’Roll Circus do meu site www.arlindopinto.com. Clicam nas fotos acima e já está!
Em Corroios a música foi muita, mas para poucos…
Na próxima semana estaremos outra vez no ginásio, até porque vão lá estar os DAPUNKSPORTIF… Olarilas!
Stay clean!

THE HYPERS vencem Corroios 2010

Originally posted 2014-02-23 19:51:19.

THE AMAZING FLYING PONY + UANINAUEI + THE HYPERS + PEIXE:AVIÃO, Corroios, 27.03.2010

A mim só não me sai o totoloto ou o euro milhões porque não jogo. Jogara eu e estaria podre de rico… ou só podre, pronto. Mas podre eu estava.
Ora, isto porquê, perguntam vocês. Porque eu sou bruxo! Tenho um dedo que adivinha e que também faz outras coisas, sou sincero. E quem a diz a verdade não merece castigo. Ora, vem isto a propósito de… ah, sim, já me lembro: XV Festival de Música Moderna de Corroios.
Este ano só estive em duas eliminatórias e na final, pelo que assim sendo, só me posso pronunciar sobre o que vi, ouvi e fotografei. Pois bem, assim sendo, e como não estive na eliminatória ganha pelos AMAZING FLYING PONY (adorava ter um), o tal meu dedo já me tinha dito que na final estavam certinhos THE HYPERS e que os UANINAUEI (digam em inglês: one in a way) estavam com um pé lá e outro a caminho. Quem ganharia? Hum! Bem, quem está por dentro do meio sabe: THE HYPERS têm dado brado: os moços põem muito empenho naquilo que fazem, fazem-no bem e à boa velha maneira do Rock’n’Roll. Por aí, para mim já estavam a amealhar pontos. Mas como o júri é quem manda, então que mande. E mandou! Mandou que a XV edição do festival de Corroios, fosse vencida, guess what, pelos… THE HYPERS. E mais: o júri do concurso da mesma índole de Setúbal mandou, na mesma noite, a mesma coisa: ganhem THE HYPERS. E foi assim, como mais tarde um dia os anais do rock luso hão-de dizer, que THE HYPERS venceram dois concursos na mesma noite! Isto é orgásmico e faz dos HYPERS um fenómeno à escala intergaláctica, uma vez que não consta que em qualquer outra galáxia a mesma banda tivesse ganho dois concursos roqueiros na mesma noite e fosse ela um power trio armado até aos dentes de electricidade (devem ter uma conta da EDP, upa, upa).
Mas os restantes projectos não ficam atrás e por alguma razão estiveram na final. Mas nestas coisas só há um prémio e pronto. No entanto, o segundo lugar de Corroios, já deu excelentes frutos que rolam por aí. Por isso, malta de Coimbra e de Évora, é continuar a dar-lhe e enquanto o ferro está quente (por falar em ferro, já uns tempos que não vejo os FERRO & FOGO).
Os AMAZING FLYING PONY são de terra de boas colheitas: Coimbra! No fado como no rock, parece que a cidade continua a ser de tradição. Coimbra tem dado à música nacional grandes projectos. Os PONY têm uma vocalista giríssima e ainda por cima têm um som bom, bom! Gostei e recomendo.
Os (digam em inglês: one in a way) UANINAUEI misturam géneros, cantam em português e, para alentejanos, não me parecem nada lentos. Ao contrário, dão-lhe com “speed”: um turbo de 4 vias (Isto existe? As 4 vias. É uma metáfora, sei lá: quatro músicos, quatro vias.). Gostei deles.
Vão até ao myspace das bandas e inteirem-se do som! Vão ver que vale a pena.
Os PEIXE:AVIÃO encerraram a noite. Foram os convidados de honra da final e soam de forma mais estranha.
As fotos estão no álbum do festival, devidamente actualizado.
Nota final, para uma certa tristeza que este ano se apoderou do festival. Foi igual aos outros, até com melhor imagem, mas faltou público e alegria e nem sei porquê. Muita oferta? Não sei! Espero que o festival continue a dar à luz novos projectos e continue um marco de divulgação cultural, virado para juventude e para o futuro.
Até para o ano (?)