Halloween, Inferno em Lisboa

Originally posted 2014-02-23 19:51:03.

A origem do halloween remonta às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., embora com marcadas diferenças em relação às atuais abóboras ou da famosa frase “Gostosuras ou travessuras”, exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração.
Originalmente, o halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de Outubro e 2 de Novembro e marcava o fim do verão (samhain significa literalmente “fim do verão” na língua celta).
O fim do verão era considerado como ano novo para os celtas. Era pois uma data sagrada uma vez que, durante este período, os celtas consideravam que o “véu” entre o mundo material e o mundo dos mortos (ancestrais) e dos deuses (mundo divino) ficava mais ténue.
O Samhain era comemorado por volta do dia 1 de Novembro, com alegria e homenagens aos que já partiram e aos deuses. Para os celtas, os deuses também eram seus ancestrais, os primeiros de toda árvore genealógica.
Fonte Wikipédia

Nós por cá padecemos do que Pessoa apelidava de provincianismo, e que traduziremos sinteticamente na expressão, “o de lá de fora é que é bom e o nacional não vale nada”.
Sendo assim, agora comemoramos também o “Halloween”.
Provincianismo à parte, Lisboa e o Rock’n’Roll, tiveram também o seu “Halloween”. Teve lugar no Coliseu dos Recreios no dia 31 de Outubro e lá puderam ver-se algumas fantasias alusivas ao dia e música a condizer e sobretudo nacional. E aqui, o que é nacional, foi bom: Moonspell e Kalashnikov. Importado apenas os Root, banda negra dos lados da República Checa.
O recinto encheu para dar largas ao dark metal ou black metal, como preferirem, com nota sempre positiva para os portugueses Moonspell, oriundos da Amadora. Uma banda com créditos firmados por esse mundo fora e por cá, naturalmente.
O Halloween foi mais um pretexto para os amantes do género, consciente ou inconscientemente, dizerem que por cá também se “rocka” e muito bem e que não ficamos a dever nada aos estrangeiros nesse domínio, antes pelo contrário, até exportamos…
Já sei, o rock’n’roll não é de origem nacional, foi importado e então o discurso é contraditório… ou não! Se por um lado, importámos o conceito, por outro exportamos o resultado do entendimento que do mesmo fazemos. E isso já não é mau… digo eu!
Seja como for, com ou sem Halloween, muitos se divertiram à conta dos portugas e isso é que conta.
As fotos estão na Galeria de espectáculos, para português ver!
Rock on!

5 thoughts on “Halloween, Inferno em Lisboa

  1. Olá Clara.
    Não me importo nada e agradeço. O seu sitio está em “+Viagens”.
    Obrigado pelo intercâmbio.

  2. Olá Arlindo!Gostei muito de conhecer o seu espaço. Vou “publicita-lo” no meu blog, se não se importar.
    Continuação de um bom trabalho.

  3. Para mim é mais um carnaval… e vão 2…
    Não celebro nem um nem outro…
    Mas gostei das máscaras… Já as meto no flickr…
    Abraço – CM

  4. Infelizmente há a tendência a copiar-se (lá de fora!) a futilidade e tudo o que esteja ligado a uma sociedade de consumo. Tudo serve de pretexto para se arranjar motivo de celebração. Espero que te tenhas divertido! Beijos.

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