Apoio à publicação de Catálogo de Silêncios

Apoio à publicação de Catálogo de Silêncios
Imagem inicial de "Catálogo de Silêncios"

Apoio à Publicação de “Catálogo de Silêncios” | Depois de ter publicado “Norwegian Sky 9” em novembro de 2019, está chegada a altura de trazer ao vosso julgamento uma nova publicação, resultado do trabalho desenvolvido na Escola Informal de Fotografia do Espectáculo durante aquele mesmo ano.

Trata-se de uma publicação no formato de livro, que conta com a inestimável colaboração de Susana Paiva e que junta imagens que pretendem evocar silêncios, que são interiores, materializados em lugares a que o autor agrega a simbologia que a imaginação e a memória lhe permitem. Ou então essas imagens revelam o estranhamento do real que o autor pretende mostrar, tudo confluindo para infindáveis ciclos de partida e regresso.

Os textos que o livro contém adensam o estranhamento. São, na verdade, outras imagens.

O livro titulado “Catálogo de Silêncios”, tem 72 páginas e terá um preço de venda ao público de 20€, com período de pré-venda.

O período de pré-venda decorre até 30 de setembro de 2020, a um preço de 15€.

Apressem-se, pois, que isto não vai durar sempre.

Fica lançado mais um repto  ao generoso apoio que sempre têm demonstrado às minhas publicações, porque, creio, as apreciam. Só assim faz sentido. Desta feita para os temerários do costume e os outros que se lhes queiram juntar, fica a possibilidade de Apoio à Publicação de “Catálogo de Silêncios”,

Os pedidos podem ser feitos através do e-mail books@arlindopinto.com ou preenchendo o formulário abaixo.

A apresentação e entrega dos livros está prevista para outubro de 2020.

Gratidão.

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Alegoria do Inferno

A Alegoria do Inferno

Alegoria do Inferno pode muito bem constituir um ensaio de resgate espiritual do autor aos monstros e mafarricos preestabelecidos pela doutrina cristã e a uma fugaz (?) libertação da sua condenação eterna à existência num ambiente hostil às suas crenças e convicções. Aqui, a ilação moral caraterística da alegoria, o dizer o outro, é trocada pela estética do olhar, que consente a coexistência de duas realidades dissonantes: o Céu e o Inferno, ambos produto de uma existência humana alicerçada na crença da existência de um Deus, que o autor agnosticamente não admite. Ao espectador é abandonada a leitura ambígua e plurissignificante da poética das imagens, que representam tudo o que o Inferno cristão tem para oferecer.

© 2010

Fios de Vida

Fios de Vida

“Fios de Vida” reflete sobre a fluidez da vida e da fragilidade do homo citadinus débil demais para viver sozinho, perdido na cidade, criação sua, própria do ser social, um lugar de agitação, barulho e marcado pela superficialidade da vida. A cidade é um local paradoxal. No espaço urbano, espera-se que os indivíduos ajam coletivamente, impulsionados pela proximidade com os seus semelhantes, mas é exatamente o inverso que ocorre: o homem está só no meio da multidão.
“Fios de Vida” reflete sobre o relacionamento humano num ambiente competitivo e marcado pela solidão e pela postura individualista que as pessoas assumem no espaço das grandes cidades. A cidade abriga um  “imenso aglomerado de pequenos sistemas, cada um dos quais, por sua vez, é uma pequena anarquia”. Também Hardy escreve, em 1887, que “cada indivíduo tem consciência de si próprio, mas ninguém é consciente da coletividade como um todo” (R. WILLIAMS, O campo e a cidade, 1990).
As imagens isolam indivíduos, grupos, pertenças de um meio atomizado, sem relacionamento aparente ou real. Os indivíduos e os grupos, mais ou menos pequenos, são profundamente descontextualizados. Fios de uma malha que, sendo de vida, é insuficiente para tecer uma consciência coletiva.

© 2006